Mortágua avisa que ninguém tem "no bolso" votos que dão maioria em Lisboa

A coordenadora do BE avisou hoje que ninguém tem "no bolso" os votos que dão maioria na autarquia de Lisboa, insistindo que "é preciso juntar forças" para "dar uma lição às direitas raivosas do país".

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© Rita Franca/NurPhoto via Getty Images

Lusa
08/02/2025 14:42 ‧ há 3 horas por Lusa

Política

Autárquicas

"Sabemos que é possível derrotar Carlos Moedas em Lisboa e dar uma lição às direitas raivosas no país. É possível levantar outra cidade, uma Lisboa de verdade, uma cidade de liberdade, que é como queremos que seja Lisboa. Mas nada está garantido. Que ninguém pense que tem no bolso os votos que dão a maioria em Lisboa para derrotar Carlos Moedas", alertou Mariana Mortágua.

 

A coordenadora do BE discursava no almoço de lançamento da candidatura da bloquista Carolina Serrão à autarquia de Lisboa, na capital, numa altura em que os bloquistas ainda deixam em aberto a possibilidade de uma coligação pré-eleitoral com forças à esquerda, como PS, Livre e PAN 

Mortágua pediu ainda que "ninguém se iluda sobre a exigência do trabalho e do desafio" que está em causa nas eleições autárquicas deste ano, e insistiu que "é preciso juntar forças".

A coordenadora bloquista salientou que vai ser preciso ouvir e mobilizar "moradores, associações, trabalhadores, ativistas pela habitação, ativistas pelo clima" e ainda "um programa que seja capaz de dar esperança aos lisboetas e convencer as pessoas que vivem em Lisboa que nada será como dantes".

"Que o alojamento local é sim para controlar e que as casas são para viver, as casas são para morar e para pagar com o salário. A prioridade das prioridades é quem vive em Lisboa e menos do que fazer isto, ter este programa transformador de esperança, menos que isto, será muito pouco para o desafio que temos pela frente, que é de devolver Lisboa à sua gente", advertiu.

Perante uma plateia que contou com figuras do partido como o ex-líder bloquista Francisco Louçã, Mariana Mortágua fez questão de referir que entre 2017 e 2021, quando o socialista Fernando Medina presidia à autarquia da capital, o BE foi "responsável por dois pelouros executivos em Lisboa, Direitos Sociais e Educação".

"Não era o nosso pelouro e por isso podem não sabê-lo, mas todas as casas de habitação pública inauguradas por Carlos Moedas neste mandato são fruto de uma exigência do BE em 2017. O presidente da Câmara de Lisboa não tem nada que agradecer, fizemos isso por convicção e determinação do nosso programa", ironizou.

Mortágua elencou várias das "conquistas" do BE na vereação da capital, como a criação de "um modelo para acolher pessoas em situação de sem-abrigo", a "primeira linha municipal de apoio a vítimas de violência doméstica", um programa de "manuais escolares gratuitos" e ainda "um plano para integrar imigrantes que Carlos Moedas agora despreza".

"Em 2021, quando o poder lhe caiu no colo, sem que tenha feito muito por isso, a prioridade de Carlos Moedas foi pegar neste trabalho, nestas experiências inovadoras, neste esforço e deitar tudo ao lixo. Em quatro anos, o homem que já foi executivo da Goldman Sachs, mordomo da 'troika', fez-se um aprendiz de Napoleão em Lisboa", criticou.

A bloquista acusou ainda Moedas de ter agitado "as mentiras sobre a imigração e a criminalidade e fê-lo contra todas as evidências e os dados da PSP e da PJ".

"Mentiu sobre segurança, mas nunca pôs um pé nem no Martim Moniz nem no Benformoso para perguntar aos imigrantes de que é que trabalham, como é que vivem, como é que veem o policiamento. Nunca", criticou, num dos momentos mais aplaudidos da sua intervenção.

Mortágua deixou elogios à vereadora na capital que está de saída, Beatriz Gomes Dias, "que melhor desmascarou a propaganda de Carlos Moedas e a sua política cínica", e manifestou confiança de que Carolina Serrão "será com certeza uma grande vereadora".

Leia Também: BE acusa Governo de "manipular parâmetros" sobre tempos de espera no SNS

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