A deputada única do PAN, Inês Sousa Real, considerou, esta segunda-feira, que a Organização das Nações Unidas (ONU) "está do lado certo da história", uma vez que, ao contrário dos Estados Unidos, "reafirmou a condenação ao desrespeito pelos princípios fundamentais do direito internacional e pela soberania do território ucraniano".
"A Ucrânia resiste, contra as expetativas de [Vladimir] Putin! Três anos após a invasão russa, a Assembleia-Geral da ONU aprovou, com 93 votos a favor, uma resolução que reafirma a soberania, independência, unidade e integridade territorial da Ucrânia e exige a retirada imediata das forças militares russas", escreveu a parlamentar, na rede social X (Twitter).
A porta-voz do PAN salientou ainda que "a ONU, ao contrário dos EUA, está do lado certo da história e a reafirmou a condenação ao desrespeito pelos princípios fundamentais do direito internacional e pela soberania do território ucraniano".
"Um caminho sinuoso até à paz, mas que hoje conta com mais uma vitória", complementou.
A Ucrânia resiste, contra as expetativas de Putin!
— Inês Sousa Real (@InesSousaReal) February 24, 2025
3 anos após a invasão russa, a AG da ONU aprovou, com 93 votos a favor, uma resolução que reafirma a soberania, independência, unidade e integridade territorial da Ucrânia e exige a retirada imediata das forças militares russas. pic.twitter.com/0Bivaghuju
Sublinhe-se que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem vindo a adotar uma postura conciliatória em relação à Rússia e crítica em relação à Ucrânia, e em particular ao seu presidente, Volodymyr Zelensky.
De facto, os Estados Unidos votaram ao lado da Rússia e de aliados deste país, como a Bielorrússia, contra esta resolução não vinculativa da ONU, que exigia o fim das hostilidades na Ucrânia e reafirmava a soberania, independência, unidade e integridade territorial ucraniana.
A resolução em causa, apresentada pela Ucrânia e pela União Europeia, foi ainda aprovada com 93 votos a favor, 18 contra e 65 abstenções.
O texto europeu, que contou com o voto a favor de Portugal, reiterava a exigência para que a Rússia retire imediata, completa e incondicionalmente todas as suas forças militares da Ucrânia e pedia uma resolução pacífica para a guerra na Ucrânia.
Recorde-se que a Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
A Rússia tem rejeitado negociar enquanto as forças ucranianas controlem a região russa de Kursk, parcialmente ocupada em agosto de 2024.
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