Eleições na Madeira. Estes são os cabeças de lista das 14 candidaturas

Perfis dos cabeças de lista às eleições legislativas regionais antecipadas da Madeira de 23 de março, segundo a ordem do boletim de voto:

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Lusa
07/03/2025 10:07 ‧ há 3 dias por Lusa

Política

Eleições/Madeira

CDU (PCP/PEV): Edgar Silva, o coordenador regional que é candidato há quase três décadas

 

O coordenador do PCP na Madeira, Edgar Silva, é o "eterno" candidato da coligação que junta comunistas e partido ecologista Os Verdes, tendo encabeçado as listas da CDU em todas as eleições regionais desde 1996.

Até às eleições de 26 de maio de 2024, quando a CDU deixou de estar representada no parlamento regional, Edgar Silva cedeu em várias legislaturas o lugar ao número dois da lista, Ricardo Lume.

Edgar Freitas Gomes Silva nasceu em 25 de setembro de 1962 (tem 62 anos), no Funchal, na freguesia de Santo António.

Na década de 1980, saiu da Madeira para frequentar o seminário no continente, sendo licenciado em Teologia e mestre em Teologia Sistemática e História da Religião pela Universidade Católica Portuguesa e doutorado em História Social.

Em 1987, regressou à Madeira e tornou-se conhecido como o rosto da fundação do Movimento do Apostolado das Crianças, destinado a apoiar crianças desfavorecidas que pediam esmola no Funchal e ficaram conhecidas como "meninos das caixinhas".

O projeto esteve na origem das denúncias sobre o grave problema da prostituição infantil e de pedofilia em Câmara de Lobos, situação mais tarde retratada no filme "Até amanhã, Mário".

Professor de profissão, o candidato da CDU continua a ser conhecido como "padre Edgar", apesar de ter deixado o sacerdócio em 1990. Hoje é casado e tem um filho.

Tem vários livros publicados, como "Os instrangeiros na Madeira" (2005), "Madeira -- Tempo Perdido" (2007) , "Vencer o Medo" (2020) e "Vendaval das Utopias -- Os Católicos da Revolução e o PCP" (2024).

Nas regionais de 1996 foi candidato independente na lista da CDU, mas a sua intervenção social levou-o à política e à filiação no PCP em 1999. Conseguiu ser sucessivamente eleito até à legislatura que começou em 2023, tendo nessa altura falhado primeira vez em 28 anos um lugar no parlamento madeirense.

Edgar Silva é ainda membro do Comité Central do PCP e o foi candidato à Presidência da República em 2016, eleições em que ficou em quinto lugar, com 182.906 votos (3,95%).

 

PSD: Miguel Albuquerque, o presidente demitido que é arguido, mas aposta em recuperar a maioria

Miguel Albuquerque, presidente do Governo da Madeira desde 2015, foi o primeiro governante insular a ser demitido na sequência da aprovação de uma moção de censura, mas insistiu em voltar a encabeçar a lista do PSD.

Miguel Filipe Machado de Albuquerque, nasceu em maio de 1961 (63 anos), no Funchal, licenciou-se em Direito e exerceu a advocacia entre 1986 e 1993, altura em que se focou na vida política.

Militante do PPD/PSD da Madeira desde a década de 1980, foi líder da JSD madeirense, deputado na Assembleia Regional, presidente da Câmara Municipal do Funchal (entre setembro de 1994 e outubro de 2013) e presidente da Associação de Municípios da Madeira, cessando a vida autárquica devido à lei da limitação de mandatos.

Chegou a ser considerado um dos "delfins" de Alberto João Jardim, mas os dois acabaram por se desentender e disputaram eleições internas em 2012, com Miguel Albuquerque derrotado por 142 votos.

Dois anos mais tarde, acabou por chegar a presidente do PSD/Madeira, depois de derrotar o então secretário regional Manuel António Correia, adversário que tem sido o rosto da contestação à sua liderança. Em março de 2024, a disputa interna foi reeditada, com Miguel Albuquerque a vencer novamente.

Em janeiro de 2024, num processo que investiga suspeitas de corrupção no arquipélago, Miguel Albuquerque foi constituído arguido. Nessa altura, demitiu-se da liderança do executivo, provocando a queda do governo madeirense e a convocação de eleições antecipadas para 26 de maio de 2024, que voltou a vencer.

Cerca de sete meses depois, em 17 de dezembro, num cenário inédito na política da Madeira, foi aprovada uma moção de censura apresentada pelo Chega, que derrubou o executivo minoritário, levando à convocação de novas eleições legislativas regionais antecipadas para 23 de março.

 

Livre: Marta Sofia, a profissional de cultura que volta a ser rosto da candidatura

Profissional da cultura que faz voluntariado na área social, Marta Sofia Vieira Silva volta a ser o rosto da candidatura do Livre nas eleições legislativas antecipadas de 23 de março.

Marta Sofia Silva, então como independente, estreou-se em eleições regionais na Madeira em setembro de 2023, mas o partido obteve apenas 858 votos (0,65%), num universo de 135.446 votantes.

Nascida em 06 de novembro de 1983 (41 anos), Marta Sofia decidiu filiar-se no partido logo após as últimas regionais, em 26 de maio de 2024, nas quais o Livre reuniu 905 votos (0,68%), falhando novamente a eleição de qualquer deputado.

Natural do Funchal, mas atualmente a residir no concelho de Santa Cruz, na zona leste da Madeira, a cabeça de lista do Livre, que já militou no PEV e no BE, assume que o partido se "posiciona sempre do lado esquerdo moderado" e é uma força partidária "de convergência".

 

JPP: Élvio Sousa, o arqueólogo que acredita que o partido "está pronto" para governar

O arqueólogo Élvio Sousa volta a encabeçar a lista do Juntos pelo Povo (JPP) e aponta como meta alcançar 33 mil votos nas regionais antecipadas, assumindo que o partido "está pronto" e capacitado para ser governo na Madeira.

Élvio Duarte Martins de Sousa surgiu na vida política regional ao ser eleito presidente da Junta de Freguesia de Gaula, no concelho de Santa Cruz, município governado desde 2013 pelo irmão, Filipe Sousa, considerado o 'pai' do JPP, que começou por ser um movimento de cidadãos.

Nas regionais de 2015, o JPP foi a grande surpresa porque na estreia eleitoral conseguiu eleger cinco deputados.

Élvio Sousa, que é também o secretário-geral do partido, nasceu em 19 de abril de 1973 (51 anos), é arqueólogo de profissão e doutorado, sendo também licenciado em História e mestre em História Regional e Local pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, investigador do Centro de História de Aquém e de Além-Mar, da Universidade Nova de Lisboa, e está ligado ao projeto do Núcleo Histórico do Solar do Ribeirinho, em Machico.

Líder parlamentar do JPP na Assembleia Legislativa da Madeira, nunca militou noutro partido e foi sucessivamente eleito nos sufrágios de 2019, 2023 e 2024, assumindo que o JPP tem um "papel fiscalizador" da atuação do Governo Regional do PSD.

 

 

Nova Direita: Paulo Azevedo é rosto da estreia do partido em eleições na Madeira

Paulo Ricardo Azevedo, que entrou na vida política ativa através do PCP em 2013, é o cabeça de lista da Nova Direita na estreia do partido em eleições regionais.

Nasceu no Funchal, na freguesia de São Pedro, em 27 de setembro de 1974 (50 anos), e em termos profissionais teve experiências como militar, na área da segurança, foi guarda-noturno, trabalhou na restauração e é atualmente empresário. Durante oito anos foi responsável na Madeira da Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME).

Em termos políticos, foi elemento ativo do PCP entre 2013 e 2021, tendo sido eleito para a Assembleia de Freguesia de São Pedro nas listas da CDU, mas desvinculou-se do partido nas últimas eleições autárquicas.

Alterar a vida política na Madeira, apresentar uma alternativa e contribuir para a região "sair do buraco onde os madeirenses foram encaixados" são os principais objetivos de Paulo Azevedo.

 

PAN: Mónica Freitas, a assistente social que "tirou o tapete" a Albuquerque

Mónica Alexandra Soares Freitas Marciel é militante do Pessoas Animais Natureza desde 2021 e tornou-se na porta-voz do partido na Madeira em abril de 2024, já depois de ter sido eleita deputada para a Assembleia Legislativa da região nas regionais de 2023, quando se estreou em eleições.

Assistente social de profissão, Mónica Freitas nasceu na freguesia de São Pedro, no Funchal, em 28 de novembro de 1995 (29 anos), e reside no concelho de Santa Cruz, contíguo a leste do Funchal.

A responsável regional do PAN ficou no foco da política madeirense depois de ter celebrado um acordo de incidência parlamentar com o PSD/CDS-PP em 2023, permitindo então a Miguel Albuquerque assegurar a maioria absoluta da coligação na Assembleia Legislativa da região autónoma.

Contudo, quatro meses mais tarde, acabou por "tirar o tapete" ao líder do Governo Regional, depois de Miguel Albuquerque ter sido constituído arguido no âmbito de uma investigação judicial relacionada com suspeitas de corrupção.

Na altura, Mónica Freitas colocou fim ao acordo com o PSD, levando à demissão do presidente do Governo Regional e desencadeando o processo para a convocação das eleições antecipadas de maio de 2024.

Mónica Freitas foi reeleita, continuando a ser a deputada única do partido no parlamento madeirense.

Licenciada em Serviço Social e em Igualdade de Género, com o curso de técnica de apoio à vítima, a candidata do PAN integrou a Comissão Para o Estatuto da Mulher da Organização das Nações Unidas, em 2017, e fundou a associação Womaniza.te.

Para estas eleições já assegurou que o PAN rejeita quaisquer acordos com a direita e que pretende continuar "focada em representar causas que muitas vezes são esquecidas na agenda política", nomeadamente a animal e ambiental

 

 

Força Madeira: Raquel Coelho lidera nova coligação PTP/MPT/RIR

A empresária e ex-deputada do Partido Trabalhista Português (PTP) Raquel Coelho encabeça a coligação Força Madeira, que junta o PTP, o Reagir Incluir Reciclar (RIR) e o Partido da Terra (MPT) e concorre pela primeira vez para "derrubar o governo corrupto" do PSD no arquipélago.

Natural do concelho de Santa Cruz, na zona leste da Madeira, Raquel da Conceição Vieira Coelho nasceu em 02 de julho de 1988 (tem 36 anos) e é a líder regional do PTP, tendo chegado à vida politica pelas mãos do pai, o polémico ex-deputado José Manuel Coelho, que se candidatou à Presidência da República em 2011.

A cabeça de lista do Força Madeira foi deputada na Assembleia Legislativa da Madeira em 2011-2015 e 2018-2019 e foi também eleita para a Assembleia Municipal do Funchal pela coligação Mudança (PS/BE/PND/MPT/PTP/PAN).

Licenciada em Gestão de Empresas, Raquel Coelho fez ainda formação em Programação e é empresária no setor do alojamento local.

A coligação estabeleceu como objetivo eleger um deputado para a Assembleia Regional e considera que "é na união dos pequenos partidos que se ganha força e coragem para mudar a situação vergonhosa que se passa na região", tornando-se no "fiel da balança do povo da Madeira".

 

PS: Paulo Cafôfo, o líder que diz estar preparado para ser presidente do Governo da Madeira

O líder do PS/Madeira, Paulo Cafôfo, e responsável da bancada do partido na Assembleia Regional, é o cabeça de lista socialista e diz estar "preparado" para presidir o Governo Regional.

Paulo Alexandre Nascimento Cafôfo, nasceu em 18 de maio de 1971 (53 anos), na freguesia de Santa Luzia, no concelho do Funchal, e é professor, licenciado em História.

Paulo Cafôfo surgiu na vida política regional quando, nas autárquicas de 2013, encabeçou uma coligação intitulada Mudança, que conseguiu retirar o poder que o PSD sempre detivera na principal Câmara Municipal da Madeira, o Funchal.

Esteve à frente do município entre 2013 e 2019, ano em que foi cabeça de lista do PS às eleições regionais, com os socialistas a alcançarem o seu melhor resultado de sempre, assegurando 19 lugares no parlamento.

Em 2020, tornou-se presidente do PS/Madeira, mas demitiu-se no ano seguinte, justificando a decisão com o mau resultado nas eleições autárquicas, quando o partido perdeu a governação do município do Funchal.

Em março desse ano foi eleito pelo círculo eleitoral da Madeira à Assembleia da República e desempenhou o cargo de secretário de Estado das Comunidades no último Governo socialista de António Costa.

Paulo Cafôfo voltou a candidatar-se à liderança da estrutura regional do partido, sem opositor, em finais de 2023. Já este ano, depois de a sua liderança ter sido contestada pelo deputado e antigo líder regional do PS Carlos Pereira convocou novas diretas. Uma vez mais sem adversários, Paulo Cafôfo venceu as eleições internas com 98,27% dos votos expressos (1.249).

Destacando como mais-valia a sua experiência como autarca e no governo nacional, Paulo Cafôfo considera ter "calo e conhecimento" e estar "melhor preparado" para ser presidente do Governo Regional da Madeira, substituindo o social-democrata Miguel Albuquerque que "tem provocado instabilidade política ao ser suspeito de corrupção em investigações judiciais".

 

 

IL: Gonçalo Maia Camelo, o novo líder que admite viabilizar governo de esquerda na região

Gonçalo Maia Camelo, o novo líder da IL na Madeira é o cabeça de lista às regionais de 2025 e admite viabilizar uma coligação de esquerda.

Nascido em São Jorge de Arroios, em Lisboa, em 13 de março de 1974 (fará 51 anos durante a campanha eleitoral), Gonçalo Maia Camelo é advogado desde 1999 e vive há quase 20 anos Madeira.

Foi chefe de gabinete e adjunto do secretário de Estado Adjunto da ministra da Justiça no XV Governo da República, liderado por Durão Barroso, e situava-se entre o PSD e o CDS-PP até surgir a IL. Na Madeira, desempenhou o cargo de vice-presidente da Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF).

Nas últimas eleições legislativas regionais, como independente, foi o número dois na lista encabeçada por Nuno Morna, o ator e produtor teatral que foi eleito nos últimos dois sufrágios para o parlamento madeirense (2023 e 2024).

No final de julho do ano passado, depois de Nuno Morna ter renunciado ao cargo de coordenador regional da IL, Gonçalo Maia Camelo tornou-se o militante 7.854 do partido e assumiu a liderança da estrutura madeirense dos liberais. Ainda independente foi também candidato pelo círculo da Madeira nas legislativas de março de 2024.

Agora é o cabeça de lista nas antecipadas na Madeira que se realizam em 23 de março e mantém que a IL rejeita viabilizar qualquer Governo Regional liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque, estando disponível para apoiar outro qualquer projeto de executivo.

"Crescer em número de votos e de mandatos" é o objetivo estabelecido por Gonçalo Maia Camelo para as próximas eleições.

 

PPM: Paulo Brito, o coordenador regional que concorre pela primeira vez na Madeira

Paulo Brito, o coordenador regional do Partido Popular Monárquico (PPM), encabeça a lista de candidatos desta força partidária que concorre pela primeira vez numas eleições legislativas madeirenses com o objetivo de "acabar com o caos político" na região autónoma.

O artista plástico que trabalha numa empresa de segurança privada está ligado ao PPM desde 2016, tendo passado a coordenador regional em 2020.

Nascido em 28 de outubro de 1977 (47 anos), Paulo Alexandre Lopes de Brito é natural de Vila Real, em Trás-os-Montes, e vive na Madeira desde 2002.

O responsável do PPM foi cabeça de lista nas legislativas nacionais pelo círculo da Madeira em 2022 e foi o número dois à Câmara do Funchal nas autárquicas do ano anterior, numa lista encabeçada pelo advogado Américo Dias.

Em 2024, voltou a ser candidato pelo círculo eleitoral da Madeira nas legislativas nacionais, obtendo 451 votos.

Antes, nas regionais de 2023, os responsáveis do PPM falharam a entrega da candidatura no Tribunal do Funchal alegando terem sido induzidos em erro por um órgão de comunicação social regional quanto à data limite para o efeito.

O regresso da Madeira ao "ciclo de ambição e progresso que foi durante muitos anos defendido e implementado por João Jardim [ex-presidente do Governo Regional e do PSD/Madeira]", uma reforma constitucional para atribuir mais competências à região e alterar a Lei de Finanças Regionais são alguns dos objetivos traçados por Paulo Brito.

 

BE: Roberto Almada continua a ser aposta para o regresso ao parlamento

Roberto Almada, antigo coordenador do BE na Madeira e que foi eleito deputado em 2023, marcando o regresso dos bloquistas ao parlamento madeirense, volta a encabeçar a lista do partido, depois de ter falhado a reeleição nas antecipadas do ano passado.

Roberto Carlos Teixeira Almada nasceu no Funchal, concelho onde reside, em 16 de novembro 1970 (54 anos), e entrou na política regional em 1999. Nove anos mais tarde, em 2008, ocupou o lugar de deputado regional em substituição do histórico líder da UDP/Madeira Paulo Martins, que abandonou as funções por doença.

Roberto Almada é técnico superior de Educação Social e chegou a afastar-se da vida política depois da derrota nas eleições internas em 2018, que Paulino Ascensão ganhou.

Em 2023, e apesar de na altura estar afastado da vida política, Roberto Almada aceitou o desafio de encabeçar a lista do BE e foi eleito com 3.035 votos (2,30%), num universo de 135.446 votantes. Nas antecipadas de 26 de maio de 2024, o BE viu a sua votação reduzida para 1.912 votos (1,44%) e perdeu o lugar.

Agora, Roberto Almada quer regressar à Assembleia Legislativa da Madeira e lutar contra "os tubarões" instalados "à sombra" do regime do PSD que dura há quase 49 anos.

 

Chega: Miguel Castro, o líder regional que derrubou o Governo de Albuquerque com uma moção de censura

Miguel Castro, o líder do Chega/Madeira, conseguiu derrubar pela primeira vez na história democrática do arquipélago um Governo Regional do PSD ao apresentar uma moção de censura, que foi aprovada.

Basílio Miguel da Câmara Castro nasceu em 02 de janeiro de 1973 (tem 52 anos) e é natural da ilha do Porto Santo, mas reside no Funchal.

Funcionário público na área do ambiente de profissão, já foi militante do PSD e aderiu ao Chega em 2019. Desde 2022 é presidente da comissão política regional do partido.

Em 2021, Miguel Castro foi o cabeça de lista à presidência da Câmara Municipal do Funchal, num ato eleitoral em que o partido foi o quarto mais votado.

Na estreia do Chega em eleições regionais, em setembro de 2023, Miguel Castro voltou a encabeçar a lista do partido que elegeu quatro deputados, tornando-se na quarta força mais votada na região autónoma.

Nas eleições antecipadas de maio de 2024 'segurou' os quatro parlamentares e agora considera que o partido "será premiado" pelo eleitorado em 23 de março, por ter tido a "coragem e saído da sua zona de conforto" para promover a queda do executivo madeirense marcado por suspeitas de corrupção.

No interior da estrutura regional, o líder do Chega na Madeira tem vindo a enfrentar alguma contestação, nomeadamente por parte da deputada Magna Costa que chegou a votar contra a orientação da bancada e passou a deputada não inscrita já depois de a Assembleia Legislativa ter sido dissolvida.

 

ADN: Miguel Pita quer ser eleito para "fazer o que ainda não foi feito"

Miguel Pita, o ex-militante "desiludido" do Chega, é o rosto da Alternativa Democrática Nacional (ADN) na Madeira e o cabeça de lista às antecipadas de 23 de março para "lutar por aquilo que ainda não foi feito".

Nascido em 27 de dezembro de 1972 (52 anos), no Funchal, este gerente hoteleiro de profissão foi candidato do Chega a uma junta de freguesia em 2020 e nas legislativas nacionais de 2022.

Em 2023, tornou-se militante do ADN e encabeçou a lista do partido na estreia em legislativas madeirenses. Foi a candidatura menos votada, com 617 votos (0,47%), num universo de 135.446 votantes. Nas antecipadas de 26 maio de 2024 subiu um pouco a votação, conquistando 772 votos (0,58%).

Miguel Henrique Silva Pita, que reside no concelho da Ribeira Brava, na zona oeste da Madeira, ficou conhecido por promover diversas iniciativas e manifestações na região contra o que considerava ser o excesso das medidas restritivas contra a pandemia de covid-19 aplicadas na Madeira.

 

CDS-PP: Presidente do parlamento regional quer assegurar estabilidade

José Manuel de Sousa Rodrigues, presidente da Assembleia Legislativa da Madeira desde 2019, encabeça a lista do CDS-PP e elege como objetivo promover a estabilidade política na região.

Nascido em 13 de julho de 1960 (64 anos) na freguesia de Santa Maria Maior, no concelho do Funchal, o candidato tem também no currículo político o desempenho das funções de deputado municipal no Funchal e na Assembleia da República.

Jornalista de profissão, José Manuel Rodrigues foi líder da Juventude Centrista madeirense e presidente do CDS-PP/Madeira entre 1997 e 2015. Regressou em abril de 2024 à liderança do partido, do qual é militante desde 1976.

O cabeça de lista do CDS-PP considera que os madeirenses "estão fartos de eleições" e já disse estar disposto "a falar com todos" para "assegurar a estabilidade e governabilidade" na região, criticando a "incapacidade do PSD para resolver os seus problemas judiciais e internos".

Leia Também: Madeira. Quinze reclusos requereram documentação para votar

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