Madeira. Paulo Cafôfo espera "encontro com a história" no dia 23 de março

O cabeça de lista do PS às eleições antecipadas na Madeira, Paulo Cafôfo, disse hoje esperar "um encontro com a história" em 23 de março, realçando que é necessário "pôr um ponto final" na governação do PSD.

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© Paulo Spranger /Global Imagens

Lusa
09/03/2025 14:06 ‧ há 7 horas por Lusa

Política

Eleições na Madeira

"Nós de hoje a 15 dias teremos, espero, um encontro com a história e com a mudança política da nossa região. É preciso dizer que, depois de 50 anos, temos de pôr um ponto final numa governação do PSD que não tem resolvido os principais problemas da Madeira", afirmou.

 

Paulo Cafôfo falava aos jornalistas no primeiro dia de campanha eleitoral, no adro da igreja da Boa Nova, no Funchal, onde o partido aproveitou o final da missa para entregar panfletos e material de campanha à população.

O candidato referiu que a Madeira tem baixos salários, um custo de vida elevado, dificuldades no acesso à saúde e à habitação, e defendeu que o PS, o maior partido da oposição, "é a esperança dos madeirenses numa sucessão governativa" que garanta estabilidade.

"E os madeirenses terão esta escolha: ou querem continuar na instabilidade e no caos, e essa instabilidade e o caos será com o PSD e com Miguel Albuquerque, ou querem que a Madeira tenha outro presidente e a escolha será entre mim e o ainda atual presidente", resumiu.

Questionado sobre o motivo de estar tão confiante e o que mudou desde as últimas eleições regionais, em maio do ano passado, Paulo Cafôfo -- que já se candidatou por mais do que uma vez - disse que "as pessoas já se aperceberam de que com esta solução à direita, com Miguel Albuquerque", o arquipélago vai "continuar no caos e com instabilidade".

"E o Partido Socialista é o oposto disto", apontou, sublinhando que a região precisa de um crescimento económico acompanhado da subida de salários, de melhorias na saúde e na habitação.

Sobre a moção de confiança ao Governo da República, que será apresentada pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, Paulo Cafôfo considerou que não vai afetar as eleições regionais antecipadas do próximo dia 23.

"A instabilidade está a acontecer a nível nacional. Esperemos que haja um ponto final na instabilidade da região e esse ponto final na instabilidade da região será com uma solução governativa liderada pelo PS", reforçou.

"Eu diria que os partidos que querem mudança da região devem estar com o PS, devem juntar-se ao PS para nós podermos provocar a mudança e, acima de tudo, melhorar a vida dos madeirenses", disse ainda.

As legislativas da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS.

As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) -- e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.

O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS dois. PAN e IL têm um assento e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).

Após as eleições de 2024, ganhas pelo PSD sem maioria absoluta (par a qual são necessários 24 eleitos), o PS e o JPP tentaram apresentar uma solução governativa, também aquém da maioria absoluta.

Leia Também: Madeira. IL quer mudar a página e garantir um governo mais liberal

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