Pedro Nuno acusa Montenegro de ser "vítima de si próprio"

O secretário-geral do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, apontou que a responsabilidade da crise política é exclusivamente do chefe de Governo, Luís Montenegro.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Teresa Banha com Lusa
22/03/2025 19:01 ‧ ontem por Teresa Banha com Lusa

Política

Pedro Nuno Santos

O secretário-geral do Partido Socialista (PS) falou, este sábado, da ida a eleições legislativas antecipadas, salientando a "postura responsável" do partido que lidera.

 

"Nunca quisemos ser fator de instabilidade, mas nunca nos comprometemos em levar este Governo ao colo. Se o primeiro-ministro não tivesse tomado decisões irresponsáveis e levianas, não estaríamos nesta situação", afirmou Pedro Nuno Santos, acusando Luís Montenegro de fazer "chantagem" com o Parlamento, partidos e com os portugueses, a quem atribui a "total responsabilidade" pela crise atual.

"É só dele que o Governo e partidos que o apoiam têm de se queixar. O primeiro-ministro só é vítima de si próprio", acrescentou, apontando que era preciso olhar para as eleições como uma forma de "permitir encontrar soluções.

Este Governo não está a transformar o país, está a travá-lo

Face ao "impasse" que se vive, o líder socialista acusou o Governo de não ter um plano. "Quando o atual Governo tomou posse apressou-se  agastar o excedente deixado por nós. Depois de consumir as poupanças herdadas do passado, Governo de Luís Montenegro pouco mais tem feito do que cortar as fitas das muitas obras lançadas pelos executivos socialistas anteriores", considerou.

'Inspirado' pela slogan do Governo da Aliança Democrática, que promete 'Transformar o País", Pedro Nuno Santos acusa: "Este Governo não está a transformar o país, está a travá-lo. O que apresentava problemas, continua com problemas", muitos dos quais estão "agravados", segundo o líder socialista.

Mas, para além da "falta" de planos do Executivo liderado por Montenegro, o líder da oposição aponta ainda que há uma segunda razão para a situação atual. "O primeiro-ministro esgotou a confiança dos portugueses, que desbaratou em pouco tempo a oportunidade que os portugueses lhe deram. Chegámos aqui por causa dos inúmeros casos de Luís Montenegro. Há um julgamento pessoal e político que somos chamados a fazer sobre a idoneidade, credibilidade e confiança que Montenegro merece de todos nós. Apesar de tudo o que não sabemos - e é muito -, o que sabemos já é suficiente para ter a convicção de que Luís Montenegro não reúne as qualidades para ser primeiro-ministro de Portugal."

O socialista apontou ainda que os "traços pessoas de um líder são essenciais para a forma como ele conduz um Governo e como esse Governo se comporta perante o povo", e acrescentou: "Não é por acaso que o Governo de Luís Montenegro tentou no ano passado anunciar como sua uma descida de IRS que havia sido quase na totalidade decidida pelo PS. Não é por acaso que o governo de Luís Montenegro tentou manipular os dados sobre número de alunos sem professor. Não é por acaso que o Governo de Luís Montenegro nunca assumiu a culpa pelo caos que instalou no SNS ou pela gestão irresponsável que faz da crise no INEM. Os traços pessoais de Luís Montenegro também se refletem na forma pouco séria com que o Governo se tem relacionado com o país e com os portugueses."

E se PS ganhar legislativas? Eis o que Pedro Nuno promete

O líder da oposição assumiu que, caso ganhe as eleições legislativas de 18 de maio, o país terá um Governo que irá construir lares, creches e casas, bem como contratar médicos, enfermeiros e professores.

"Em todas as campanhas falamos sempre de grandes desígnios, de grandes projetos e de grandes planos. Quando do que precisamos é de um governo que não invente e que faça aquilo que é preciso. Precisamos de fazer creches, lares e casas. Precisamos de professores, médicos e enfermeiros. E para isso precisamos de investimento público em creches, lares e casas e de aumentar os salários para termos professores, médicos e enfermeiros", declarou.

"Queremos ser Governo, para nos concentrarmos em usar o dinheiro que é de todos para resolver os problemas que são de todos. Queremos ser governo porque queremos com o dinheiro que é de todos fazer creches, lares e casas e contratar professores, médicos e enfermeiros", prosseguiu.

O candidato do PS às próximas legislativas admitiu que o maior problema com os impostos em Portugal não é pagá-los, mas sim sentir que esses impostos "não servem para resolver os reais problemas" que o país enfrenta.

[Notícia atualizada às 20h04]

Leia Também: Pedro Nuno confiante em "grande vitória em todos os municípios do Porto"

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