"Impossível que IL esteja em algum tipo de entendimento com o Chega"

Questionado sobre cenários pós-eleitorais, Rui Rocha afastou a possibilidade de a IL integrar qualquer acordo do qual o Chega ou o Partido Socialista façam parte.

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© Amin Chaar / Global Imagens

Carmen Guilherme
25/03/2025 23:29 ‧ ontem por Carmen Guilherme

Política

IL

O líder da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, recusou, esta terça-feira, integrar "algum tipo de entendimento que incorpore" o Chega após as eleições legislativas antecipadas de 18 de maio. 

 

"É absolutamente impossível, para sermos sinceros, que a IL esteja em algum tipo de entendimento que incorpore partidos como PS [Partido Socialista] ou o Chega", disse o presidente da IL, em entrevista à SIC Notícias, após ser questionado sobre cenários pós-eleitorais. 

"É uma impossibilidade. É uma absoluta impossibilidade. Temos de ser claros com os portugueses. Com partidos despesistas, socialistas na sua abordagem, dirigistas, estatistas, a IL não pode fazer nenhum tipo de entendimento porque tem de respeitar o seu eleitorado e as suas convicções", assegurou. 

"Sobre o dia seguinte" às eleições, Rui Rocha deixou a garantia de que os liberais serão "responsáveis" e "muito exigentes". 

O presidente da IL disse ainda acreditar que o partido irá crescer nas próximas eleições e declarou que não "discute a influência em função dos cargos que possa ter ou não".

"Aquilo que queremos é trazer políticas diferentes para o país. Não são os cargos que os interessam, são mesmo as políticas", apontou o líder liberal, abordando assim o facto de o partido ir sozinho a eleições. 

"Estamos confiantes de que cresceremos nas próximas eleições. Perante um cenário em que [os portugueses] viram tanta irresponsabilidade de tantos partidos, em que ainda agora vemos que não há discussão de ideias, há discussão de casos, de cartazes, de taticismo, a IL apresenta-se com propostas concretas", apontou, frisando como bandeiras do partido a eficiência do Estado, a Habitação e a redução da carga fiscal. 

Ao contrário das últimas eleições legislativas, Rui Rocha recusou dizer quantos deputados quer eleger.  "Todos os que podermos. Não quero limitar o crescimento, não quero estar a fixar uma meta porque eu creio que a IL tem mesmo oportunidade de crescer", defendeu. 

Na ótica do também deputado, desta vez "o voto útil vai ser superado pelo voto de confiança na IL". 

"Da ultima vez, houve um fenómeno de voto útil. A IL foi prejudicada por esse voto útil", apontou, referindo que as pessoas veem agora, "do ponto de vista da governação", que "houve pouca diferença daquilo que seria um governo do PS" face ao Executivo da Aliança Democrática e, "do ponto de vista da responsabilidade", que há uma crise política "também porque o primeiro-ministro levou o país nesse sentido". 

"Estamos convencidos que, desta vez, o voto útil vai ser superado pelo voto de confiança na IL e pelo voto da responsabilidade que a IL representa", declarou.

Interrogado sobre se a IL está a admitir uma derrota nas Presidenciais ao apresentar Mariana Leitão, candidata a Belém, como candidata a deputada, Rui Rocha recusou e disse que "nada mudou face há um mês". 

"Nada mudou relativamente à situação que a Mariana tinha há um mês, quando estava em exercício de funções de deputada e líder parlamentar", completou. 

De recordar que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, decretou eleições antecipadas para o dia 18 de maio após o Parlamento ter chumbado a moção de confiança avançada pelo Governo, na sequência da polémica espoletada pela empresa familiar de Luís Montenegro. 

Leia Também: Rui Rocha novamente cabeça de lista por Braga, Mariana Leitão por Lisboa

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