PS defende que RASI desmente "narrativa da AD" sobre segurança

O PS defendeu hoje que o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) desmente a "narrativa da AD" sobre criminalidade no país e criticou as "trapalhadas" do Governo que, considerou, está "sem propósito e sem projeto".

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© PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP via Getty Images)

Lusa
16/04/2025 16:40 ‧ há 2 dias por Lusa

Política

Legislativas

No período de declarações políticas na comissão permanente da Assembleia da República, o deputado do PS Pedro Vaz criticou o facto de PSD, CDS-PP e Chega terem chumbado, em conferência de líderes, uma proposta do BE para que fosse realizado hoje um debate com o Governo sobre o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) deste ano.

 

"Estranha atitude por parte dos partidos de direita, que ao longo do último ano tentaram por todos os meios gerar uma perceção pública de insegurança e de aumento de criminalidade no país, o que é desmentido pelo relatório apresentado", ironizou.

O socialista acrescentou que "mais estranho ainda" é o Governo, "em vez de celebrar o facto de Portugal continuar a ser um país pacífico e seguro, aparenta uma desilusão latente pelo facto de a criminalidade continuar a descer".

"O incómodo é tão mais visível quanto as declarações do senhor primeiro-ministro, hoje demissionário, que em declarações à imprensa preferiu dar nota do 'spin' oficial do Governo, que Portugal não pode viver à sombra dos bons resultados e que outros países também tiveram bons resultados, mas que agora têm problemas muito graves de aumento de criminalidade - sem concretizar quais países, quando e o contexto", criticou.

Pedro Vaz disse entender "o incómodo do Governo com este relatório" uma vez que, argumentou, "refuta em toda a linha a narrativa da AD de que o país está pior nesta matéria".

"Temos hoje um governo em desagregação sem propósito e sem projeto. Um governo cuja realidade teima em desmentir. Um governo de trapalhadas e em fim de linha. Talvez por isso o senhor primeiro-ministro tenha decidido avançar para eleições", considerou, aludindo à apresentação pelo chefe do executivo de uma moção de confiança, que acabou chumbada no parlamento.

O deputado socialista salientou ainda que o RASI refuta a tese de Luís Montenegro "quanto à origem dos fogos florestais".

"Ao contrário das insinuações que o senhor primeiro-ministro fez aqui nesta casa acerca da origem dos incêndios, afirmando que a responsabilidade dos mesmos era de mãos criminosas, o relatório é claríssimo na sua página 11, onde se refere que houve uma redução de 10,6% em relação a 2023 da prática do crime de incêndio", sustentou.

Pedro Vaz deixou uma saudação a "todas as forças de segurança, todos os órgãos de polícia criminal, todos os agentes de segurança interna pelos resultados alcançados", e ressalvou que apesar da melhoria dos índices de criminalidade, o PS "continua preocupado" e "continuará "a trabalhar para a sua redução".

Pelo BE, a deputada Marisa Matias insistiu na tese de que a Europa "não precisa de gastar mais dinheiro em armas" e que o plano da União Europeia de investir 800 mil milhões de euros em Defesa "vai afetar a política de coesão", prejudicar "a resposta à crise da habitação" bem como o Estado Social.

A bloquista aproveitou para criticar PS e Livre, acusando-os de aderir "à agenda da direita armamentista".

A líder parlamentar do PCP, Paula Santos, criticou a política do executivo para a saúde, acusando o Governo de ser "bem mandado e totalmente subserviente ao poder económico" de "em vez de resolver o problema".

O Livre, pela líder parlamentar Isabel Mendes Lopes, interveio sobre o passe ferroviário verde, acusando o Governo de aproveitar uma ideia do Livre para "uma grande manobra de propaganda", e insistindo na necessidade de responder ao aumento da procura.

A deputada única do PAN, Inês de Sousa Real, abordou a questão da violência de género, lembrando que os dados do relatório anual de segurança interna revelam um aumento do número de violações e apelando a um compromisso entre os partidos para combater esta questão.

[Notícia atualizada às 16h47]

Leia Também: PSD acusa PS e Chega de mentirem sobre IRS para "enganar os portugueses"

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