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A atribulada relação entre Marinho e Pinto e o MPT
Antes da separação, a relação entre Marinho e Pinto e o Partido da Terra teve as suas desavenças. O ex-bastonário dos advogados e cabeça de lista do partido às Europeias afastou-se para criar o seu próprio partido.
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Política Partidos
Entrevistado pelo jornal i, José Inácio Faria, número dois do Partido da Terra (MPT) nas Europeias, falou sobre o fim da relação entre o partido e o ex-bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho e Pinto, que se quer candidatar às legislativas de 2015 com o seu novo partido, o PDR.
Terá sido a 4 de setembro que o princípio do fim começou, conta o i, fazendo referência a uma discussão entre Marinho e Pinto e Inácio Faria. O ex-bastonário acusou o então colega de partido de lhe querer “roubar o lugar”, isto depois de Inácio Faria, ao fim de semanas sem saber nada das decisões do MPT em Bruxelas, ter pedido justificações a Marinho e Pinto.
Antes, terão tido pequenos ‘arrufos’ ainda durante a campanha, mas algo a que Inácio Faria atribui ao cansaço da campanha. Juntos, os dois eleitos fizeram milhares de quilómetros juntos. Marinho e Pinto, no entanto, já na altura se terá queixado da organização do partido.
“Começámos a sentir-nos pouco à vontade quando começámos a ouvir certos discursos de Marinho e Pinto sobre o futuro do partido sem termos sido consultados”. Antes mesmo de tomar posse como eurodeputado, de onde se viria a demitir ao fim de dias, já Marinho e Pinto falava sobre eventuais coligações.
De então para cá, ficámos a saber do nascimento do PDR, partido liderado pelo advogado, que irá contar com alguns membros do MPT na sua organização. “Os ratos são os primeiros a saltar do barco”, terá criticado ao i Inácio de Faria, falando dos que se irão juntar ao partido de Marinho e Pinto.
Inácio Faria admite o incómodo e justifica que, foi para proteger o partido, que não abordaram antes as divergências entre o partido e Marinho e Pinto, que terá a dada altura feito a ameaça que veio a cumprir: criar um outro partido. “Terminar a relação pode ter-nos prejudicado, porque tínhamos uma pessoa que nas próximas eleições nos ia dar muitos lugares no parlamento”, admitiu ainda.
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