"Se António Costa estiver quieto e calado" vence as legislativas

Em entrevista ao Dinheiro Vivo, o antigo ministro da Indústria e Energia, Luís Mira Amaral, criticou o Governo de Passos de Coelho e disse acreditar que se António Costa ficar calado e quieto tem mais do que possibilidades de vencer as legislativas.

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Notícias Ao Minuto
09/11/2014 09:35 ‧ 09/11/2014 por Notícias Ao Minuto

Política

Mira Amaral

Luís Mira Amaral, antigo ministro da Indústria e Energia começou por dizer em entrevista ao Dinheiro Vivo que Pedro Passos Coelho não aproveitou o Governo que tinha e que Paulo Portas é uma 'fachada'. “Acho imensa piada ao vice-primeiro-ministro Paulo Portas, porque ele chegou ao Fórum Empresarial do Algarve e disse que tinha a maior disponibilidade para discutir a baixa dos impostos. Ora, se o senhor tinha na mão a reforma do Estado, o que ele deveria ter feito era a reforma do Estado, para que houvesse um corte estrutural da despesa pública”, referiu.

“Aprendi na Faculdade de Economia que quem cria os impostos é quem cria a despesa”, continuou a tecer críticas.

Quando questionado sobre quem iria votar nas legislativas, Miral Amaral mostrou-se reticente. "Não me resta ninguém. O meu drama é que acho que esta foi uma legislatura falhada. E tinham condições únicas: um Presidente da República que não ia obstaculizar nestas matérias; uma troika que também podia ajudar e dar cobertura; uma maioria absoluta no Parlamento; e ainda um legado desastroso do governo socialista. Não foi uma questão de falta de vontade não tinham competência, capacidade e maturidade para isto”.

Mas as críticas não se direcionam apenas para o PSD, também o PS tem direito à opinião de Mira Amaral. O ex-governante acredita que mesmo que António Costa não faça nada, será o próximo primeiro-ministro. “Admito que sim. É o jogo normal da democracia e depois da austeridade e dureza deste governo, nem é preciso o Dr. António Costa começar para aí a falar. Se ele estiver quieto e calado…” e acrescenta que “o que vejo no Dr. António Costa é que ele nem sequer tem vontade política de fazer cortes”.

“Basta fingir-se de morto. Mas isso não significa que seja uma alternativa credível. Sou um daqueles portugueses angustiados. Não vou votar nesses partidos (Bloco, PCP, Livre), mas entre o PS e o PSD não tenho alternativa, portanto, diria venha o diabo e escolha. Sinceramente, não acredito em nenhum destes partidos para tratar do nosso futuro coletivo”, atirou.

“Não vejo alternativa”, conclui.

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