Miguel Relvas considera que os partidos que formam o Governo, PSD e CDS, devem o mais rapidamente possível chegar a um entendimento para os próximos quatro anos. Nesta altura, ainda nenhum dos partidos quis avançar para um entendimento, adiando para uma data mais próxima das legislativas um possível acordo.
O PSD e o CDS devem fechar “um compromisso estratégico para os próximos quatro anos. (…) Em qualquer circunstância, de vitória ou de não vitória, o compromisso deve manter-se”, explicou Relvas ao Expresso.
Para o antigo braço-direito de Pedro Passos Coelho, “ninguém perceberia que duas forças políticas, que assinam um compromisso estratégico para se apresentarem a eleições, não assumam com igual determinação esse compromisso em caso de serem remetidos para a oposição”, explicou, até porque “as ideias e propostas são tão válidas e tão comprometedoras” nas duas situações.
Esta leitura permite evitar que os dois partidos que hoje formam governo se possam coligar, individualmente, com o Partido Socialista, caso este ganhasse eleições, deixando isolado o seu antigo parceiro governativo.
Ao assumirem agora um compromisso, os dois partidos dão mostras de “estabilidade das propostas políticas e uma visão clara sobre o que as duas forças se propõem fazer”, concluiu o antigo ministro.