Para o socialista, o antigo líder do PS e o atual secretário-geral do partido “são duas personalidades diferentes”. No entanto, “do ponto de vista programático, a abordagem entre Seguro e Costa não tem diferenças substantivas”, diz, acrescentando que “os programas são muito semelhantes”.
Para Eurico Brilhante Dias, atualmente dirigente do Gabinete de Estudos do PS, liderado pelo colega de partido João Tiago Silveira, o que mudou no PS foi mesmo a direção, onde se percebeu que “o espectro político português poderia sofrer alterações profundas com a emergência de formações populistas”, explica.
Já sobre a detenção do ex-primeiro-ministro José Sócrates e o impacto que tal pode ter no PS, o socialista defende que o “PS não é refém do caso A, do caso B ou do caso C” e que “os portugueses não avaliarão no boletim de voto nenhum processo judicial”.
Por outro lado, Eurico Brilhante Dias acredita que a polarização do debate político entre Sócrates e Passos Coelho dificilmente beneficia o líder do Executivo. “Não me parece também que não lhe aproveite muito estar sempre a fazer comparações com o engenheiro Sócrates”, defende na entrevista ao Diário de Notícias.