"Nunca precisei da licenciatura para chegar onde cheguei"
Miguel Relvas saiu do Governo aquando da polémica sobre a sua licenciatura, mas a vida profissional corre-lhe bem.
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Política Relvas
Prestes a lançar o livro ‘O Outro Lado da Governação’, Miguel Relvas, antigo ministro de Pedro Passos Coelho, falou abertamente, em declarações à revista E, do semanário Expresso, sobre a sua saída do Governo, a sua atual vida profissional e claro, sobre a licenciatura que despoletou investigações sobre a Universidade Lusófona.
A polémica da licenciatura é uma “mágoa”, mas não uma vergonha, diz. “Vergonha era se aparecesse um processo de corrupção com o meu nome”. Hoje, vê-se como um "conselheiro", tanto na política como nos negócios.
Segundo o próprio, Miguel Relvas tem empresas em Moçambique, Brasil e Portugal. É senior adviser da consultora Roland Berguer, trabalha com um fundo internacional na área financeira. Ganha mais dinheiro do que na vida pública e paga todos os seus impostos, garante.
“Nunca precisei da licenciatura para chegar onde cheguei”, afirma. Porém, não descarta um regresso à escola caso a licenciatura seja anulada. “Não fecho portas a nada na vida”.
Uma porta está, para já, fechada: apesar dos vários convites que diz ter recebido, Miguel Relvas garante que não aceitará ser deputado.
Enquanto a relação com Passos Coelho é “hoje como era há 20 anos”, a sua opinião em relação a António Costa mudou. “Como líder do PS, há em António Costa um oportunismo que não lhe conhecia”, explica. Sobre a Maria Luís Albuquerque Miguel Relvas diz: “é boa ministra mas daí a ser líder do PSD é outro campeonato”.
Outra coisa não mudou, assume: ainda não sabe cantar a 'Grândola, Vila Morena'.
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