Lembrando os resultados do referendo na Grécia, o socialista António Galamba diz que "a Direita que manda na Europa sai a cambalear" face à esmagadora vitória do 'não'.
Sustentando a ideia de que é necessário criar uma alternativa às políticas de austeridade, Galamba escreve hoje, num artigo que assina no jornal i, que "os interesses eleitorais da Direita, em Berlim, Bruxelas, Espanha e Portugal" assentam todos no mesmo, na ideia de "que não há, não pode haver, alternativa à banda larga da austeridade em que temos vivido".
Direcionando o texto para o governo grego , o socialista diz achar "um piadão ver pungentes e salivadas declarações de admiração do Syriza de alguns que há um ano, nas eleições europeias,(...) ficaram em casa, pouco fizeram para derrotar a doutrina de austeridade e nem o ato eleitoral fiscalizaram".
"É preciso mais combate político, maior assertividade, proximidade às pessoas e respeito pela pluralidade das ideias e dos percursos políticos", destaca António Galamba, acrescentando que "a nação tem estado entropecida e resignada perante a falta de respeito pela dignidade humana". E, a isso "acresce a descrença na política e nos políticos, o que redobra a exigência na proximidade, transparência, coerência, no reforço da democracia participativa e o foco no serviço público e políticas centradas nas pessoas".