Durante a reunião da Comissão Política Nacional do CDS, que decorreu este fim-de-semana, foram vários os centristas, designadamente o presidente do Conselho Nacional do partido, António Pires de Lima, e o eurodeputado Diogo Feio, que defenderam publicamente a necessidade de uma remodelação no Governo.
Em reacção a estas declarações, o antigo líder centrista, José Ribeiro e Castro, considera “raro que desta matéria se faça este tipo de declarações, nomeadamente numa altura em que o Governo está debaixo do ataque do PS”.
Ribeiro e Castro entende que “o pensamento a esse respeito”, ou seja, de possíveis mudanças no Executivo, devia ser “tratado com decoro, com respeito pelo funcionamento da coligação, e com a reserva que normalmente é habitual”, e não como foi.
Questionado pela Antena1 sobre se António Pires de Lima e Diogo Feio foram a voz do CDS ou do próprio líder Paulo Portas, o antigo dirigente centrista sublinha que apesar de não ter estado presente na reunião da Comissão Política, “obviamente que o presidente do partido sabe o que se lá passou quer no início, quer durante, quer no final”.
Portanto, concluiu Ribeiro e Castro, “declarações nesse sentido (…) parecem traduzir alguma oficialidade”.
