"Aceito as responsabilidades que tenho e não aquelas que me querem atribuir à força”, afirmou José Sócrates, em entrevista à RTP. “Não aceito a responsabilidade de ter deixado o País nas mãos da troika”, frisou, não admitindo por isso a hipótese de fazer um pedido de desculpa aos portugueses pelo facto de Portugal estar actualmente 'sob domínio' da troika.
Na RTP, o antigo primeiro-ministro frisou também que não aceita que "responsabilizem o Governo socialista pela crise internacional", admitindo que a sua gestão da crise "teve as suas consequências". Sócrates argumentou também que "o pedido de ajuda externa resultou do chumbo na Assembleia da República do PEC IV".
"Procurei enfrentar o que era a segunda fase da crise internacional, a crise das dívidas soberanas", disse ainda o socialista, acrescentando que "foi a crise que levou à dívida e ao défice e não o contrário", e que tudo "começou com o mau comportamento, desonesto dos mercados".