António Costa participou hoje numa reunião informal inédita que hoje juntou em Bruxelas os líderes de 27 Estados-membros da União Europeia (UE) para debater a saída do Reino Unido do seu seio.
Em declarações ao jornalistas, o primeiro-ministro diz ter falado com Jean-Claude Juncker e com "vários colegas e no Conselho" Europeu sobre a eventual aplicação de sanções a Portugal.
“Nem todos concordando, mas todos percebendo que, com tantos problemas que a Europa tem […] acrescentar uma nova crise a propósito de duas décimas que o anterior Governo não terá cumprido não faz sentido”.
Na sua opinião, “a aplicação de qualquer tipo de sanção a Portugal seria incompreensível, injusta, injustificada e até diria imoral”.
Independentemente do que o futuro ditar neste sentido, o país estará preparado, garante.
“Este é um Governo que nasceu para enfrentar e resolver desgraças” e “está preparado para todas as piores previsões porque todas as semanas há previsão de uma desgraça na semana a seguir”.
“Já passaram seis meses e essas desgraças ou não se confirmaram ou, tendo ocorrido, foram ultrapassadas”, notou.
António Costa, admitiu, contudo, que o "cenário internacional" poderá levar a alguma atualização sobre "evoluções futuras da economia portuguesa" na apresentação do Orçamento de Estado para 2017.
Quanto a 2016 os "dados estão lançados e, felizmente, dão contas certas", assegura.