Para fechar o ciclo de debates deste ano, o fundador do CdP, Joaquim Jorge, convidou o “amigo pessoal”, Luís Montenegro. E fê-lo por tratar-se alguém que “desempenhou uma ação de relevo no apoio ao governo PSD/CDS, como líder parlamentar na coordenação do seu grupo” e “no entendimento com o grupo parlamentar do CDS, liderado por Nuno Montenegro”, destaca Joaquim Jorge na nota enviada ao Notícias ao Minuto.
“Agora que o PSD não faz parte do governo, [Luís Montenegro] tem tido uma ação mais reservada mas não deixando de ser eficiente”, mantendo-se como ‘o braço direito’ do líder dos sociais-democratas, Pedro Passos Coelho, apesar de ser “apontado por alguns círculos, como futuro candidato a líder do PSD”.
Montenegro subirá ‘ao palco’ do debate esta segunda-feira (21 de novembro), como habitualmente no Hotel Holiday Inn em Gaia, pelas 21h30, e num momento em que, depois de aprovado na generalidade, o Orçamento do Estado para o próximo ano está a ser discutido na especialidade. Por este motivo, refere o fundador do CdP, “será importante ouvir a sua opinião que, como se sabe, é contrária à política seguida pelo Governo do PS, com o apoio parlamentar do Bloco e PCP”.
Mas há também questões de relevância dentro do próprio PSD. Foi notícia, recentemente, que Rui Rio parece posicionar-se, “apesar dos avanços e recuos, para ser alternativa a Passos” e “o movimento ‘Portugal não pode esperar’ quer apresentar propostas alternativas e de vozes sociais-democratas, em surdina, que discordam da política seguida pelo PSD”.
Pedro Passos Coelho “nega a existência de qualquer desconforto dentro do partido em relação à sua liderança. Todavia o timing de colocar em causa o seu lugar será feito aquando das eleições autárquicas 2017. Até lá, o PSD continuará numa paz aparente”, salienta Joaquim Jorge.
Caberá assim ao líder parlamentar ‘laranja’ encerrar um ciclo de debates que este ano contou com a presença de Marisa Matias (Bloco), Nuno Melo (CDS), Daniel Bessa (antigo ministro), Assunção Cristas (CDS), Rui Rio (PSD), Vasco Cordeiro (PS), Catarina Martins (Bloco), e de Manuel Monteiro (ex-CDS).