CGD: "Ninguém põe ordem na casa". Costa "anda a apanhar bonés"

Luís Montenegro voltou a condenar o impasse gerado relativamente à apresentação das declarações de património e de rendimentos ao Tribunal Constitucional por parte da nova equipa de gestão da CGD.

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Carolina Rico
19/11/2016 13:08 ‧ 19/11/2016 por Carolina Rico

Política

Luís Montenegro

Continua a reinar uma grande confusão” no caso da Caixa Geral de Depósitos, em especial no que respeita a a polémica sobre a falta de entrega da declarações de património e rendimentos da nova administração ao Tribunal Constitucional, aponta o líder do grupo-parlamentar do PSD.

“Ninguém põe ordem na casa dentro do Governo”, condenou Luís Montenegro em declarações aos jornalistas esta manhã em Espinho.

Para Luís Montenegro, “o ministro das Finanças não esclareceu e o primeiro-ministro assobia para o ar. Parece que anda a apanhar bonés ou a usar de um cinismo enorme por parecer desconhecer esta situação”.

“Esta história permanece mal contada, mas todos percebemos que há um acordo” entre o Governo e o presidente do banco público sobre as declarações de rendimentos.

O Governo “disse que tinha sido intencional a alteração da lei para permitir que os administradores da caixa tivesse outro salário, mais elevado do que o da administração anterior, e também para que não lhes fosse necessário entregar a declaração de património e rendimentos”.

O social-democrata falava de declarações do comentador António Lobo Xavier, que na quinta-feira à noite no programa ‘Quadratura do Círculo’, na SIC Notícias, declarou haver um compromisso por escrito entre o Governo e António Domingues em torno desta questão.

Em nome do PSD, que já entregou dois requerimentos na Assembleia da República sobre o caso, Luís Montenegro pediu ainda a intervenção do Presidente da Republica num processo que, diz “já se arrasta há dez meses”.

“É um ambiente irrespirável para que a Caixa compra a sua missão. É preciso pôr cobro a esta situação”, apelou.

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