À margem de uma sessão de encerramento da Convenção dos Autarcas Populares, em Vale de Cambra, Assunção Cristas falou aos jornalistas sobre a polémica em torno da Caixa Geral de Depósitos (CGD), cuja declaração de rendimentos da nova administração continua a fazer correr muita tinta.
Ouvidas as versões de várias fontes do Governo e da própria administração, e considerando “o nível de incompreensão e ruído que este assunto atingiu”, a líder do CDS diz já só haver “uma pessoa que pode prestar esclarecimentos sobre esta matéria, que é o senhor primeiro-ministro [António Costa]”.
A centrista fala pelo seu partido quando diz que “o CDS tentou obter várias explicações até junto do ministro das Finanças [Mário Centeno]” e que, fracassadas essas tentativas, o partido enviou, ontem (18), “um requerimento por escrito para obter respostas do senhor primeiro-ministro”, resposta essa que ainda não chegou e tem até 30 dias para chegar.
Contudo, esses 30 dias não são justificáveis, porque “se o Governo foi tão rápido a arranjar um secretário de Estado de segunda linha para vir dar uma resposta ao país, então também pode ser rápido a responder ao CDS”.
Por isso, Cristas insta António Costa a falar sobre a ‘novela’ da CGD, “porque não se pode esconder mais atrás de ministros ou secretários de Estado”. Até porque, acrescenta, “o ministro das Finanças também já disse coisas que são contraditórias”.