Pedrógão: "Há um enorme nervosismo no CDS"

O antigo coordenador do Bloco de Esquerda debruçou-se, esta sexta-feira, sobre a tragédia que atingiu a zona centro do país.

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Patrícia Martins Carvalho
23/06/2017 23:59 ‧ 23/06/2017 por Patrícia Martins Carvalho

Política

Francisco Louçã

Francisco Louçã começou o seu comentário semanal na SIC Notícias por salutar a forma “cautelosa” e o “bastante cuidado” que houve a nível político relativamente ao incêndio que tirou a vida a 64 pessoas no concelho de Pedrógão Grande.

Porém, sublinhou, no “rescaldo do incêndio começamos a ter crispação política que é inevitável, mas que tem contornos particulares”.

E esses contornos passam pelo “enorme nervosismo” que existe no CDS porque, lembrou, a líder Assunção Cristas foi ministra da Agricultura nos dois governos PSD/CDS.

O nervosismo, enumerou, deve-se a três razões. “Primeiro porque Assunção Cristas promoveu o aumento dos eucaliptos ao fazer uma lei para isso. Em segundo lugar destruiu os serviços florestais e, em terceiro lugar, o CDS e o PSD têm uma história estanha na relação com o SIRESP que hoje, sabemos, não funcionou durante os quatro dias decisivos”, apontou.

Nesta senda, Francisco Louçã relembra que o sistema, que custou 495 milhões de euros, foi aprovado pelo governo PSD/CDS quando já estava em “gestão”.

“O ministro da Administração Interna assina um contrato para favorecer o grupo BPN. Depois, mal sai do governo, vai para a Sociedade Lusa de Negócios do grupo BPN”, acusa.

Sobre o SIRESP, o antigo coordenador do Bloco de Esquerda descreve-o como um “drama financeiro” além de “não funcionar para a comunicação”, razão pela qual a “primeira coisa que o Governo devia fazer era terminar este contrato e não esperar por 2021”.

Quanto à decisão de António Costa, que “respondeu com simpatia à proposta do PSD para criar uma comissão parlamentar independente” para investigar o caso, Louçã defende que o que “hoje era preciso não era uma comissão independente, era alguém com perfil independente que não faça parte dos partidos e tenha uma trajetória técnica com poderes suficientes para, em poucas semanas, dar uma resposta” às perguntas que se estão a fazer sobre o que aconteceu em Pedrógão Grande.

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