Passos Coelho pediu desculpa pela afirmação que fez esta manhã, quando disse que tinha conhecimento de um caso de suicídio de um familiar de uma das vítimas do incêndio de Pedrógão Grande.
"Peço desculpa quando me engano. Peço desculpa por ter usado um dado que não estava confirmado", disse o líder do PSD aos jornalistas em Odivelas, onde vai marcar presença na apresentação da candidatura de Fernando Seara à Câmara local.
Depois de João Marques, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Pedrógão Grande, ter feito um ‘mea culpa’ pela polémica afirmação de Passos Coelho, o antigo primeiro-ministro chamou a si a responsabilidade pelas declarações que fez. “A responsabilidade por ter utilizado aquela informação coube apenas a mim”.
Passos Coelho disse ainda esperar que este seu erro tenha um aspeto positivo. “Se o erro que eu cometi, servir para que haja uma atenção pública maior sobre as populações afetadas, isso terá uma consequência positiva”. O Presidente do PSD recusou a ideia de estar a tentar tirar aproveitamento político desta tragédia. “Não há arma de arremesso político. Há uma situação a que é preciso responder”.
Mas voltou a fazer críticas à atuação do Governo até ao momento. “Espero que isso não faça esquecer o essencial da observação que fiz. Tive hoje confirmação clara que o Estado falhou. Era importante que houvesse um mecanismo rápido de resolução do problema”. E acrescentou que “há uma responsabilidade objetiva do Estado no que aconteceu”.