Continuam por esclarecer as falhas que dificultaram o combate ao incêndio de Pedrógão Grande, tal como as falhas de segurança que permitiram o roubo do material de guerra nos Paióis de Tancos.
Numa altura em que o país se confronta com uma crise em diversas vertentes, António Costa ausentou-se para férias mas, como esclarece o seu gabinete, em comunicado emitido esta segunda-feira, estas foram "organizadas e planificadas em tempo".
Mais, esclarece a nota enviada às redações, este mesmo planeamento foi acordado com os restantes membros do Executivo, "de forma a garantir as necessárias substituições para assegurar o normal funcionamento do Governo".
"Neste quadro, o primeiro-ministro encontra-se no gozo de uma semana de férias, sendo substituído na sua ausência pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros", ainda assim, sublinha-se que "o primeiro-ministro está sempre contactável e disponível em caso de necessidade".
O jornal i noticiou na sua edição de hoje que o primeiro-ministro "tinha férias marcadas para a primeira quinzena de julho e não as desmarcou, apesar da crise dos incêndios de Pedrógão Grande e do roubo do armamento dos paióis de Tancos".
Notícia se depressa chegou ao plano político. Hoje, em conferência de imprensa, a presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, após ter sido recebida em Belém pelo Presidente da República, fez uma alusão crítica (e indireta) ao facto de o primeiro-ministro se encontrar no gozo de férias.
Depois de pedir a demissão dos ministros da Defesa, Azeredo Lopes, e da Administração Interna, Constança Urbana de Sousa, Assunção Cristas declarou: "Senhor primeiro-ministro, volte e demita-os".