"Pedir a demissão pode confortar muitas almas mas não resolve problema"
Jerónimo de Sousa considera que a demissão dos ministros não resolve os problemas como o furto em Tancos ou os incêndios em Pedrógão Grande.
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Política Jerónimo de Sousa
O líder do PCP afirmou hoje que o partido entende que “é uma precipitação pedir a demissão [do ministro da Defesa] a não ser que o CDS queira disfarçar as responsabilidades que teve, nomeadamente com o Governo passado” no que diz respeito aos “problemas e dificuldades causadas com os cortes no investimento das nossas Forças Armadas”.
Jerónimo de Sousa referia-se ao furto de munições em Tancos e do qual o ministro da Defesa tem sido considerado um dos culpados, tendo o CDS pedido ontem a sua demissão.
“Nós pensamos que não é esse o caminho, sendo que se houver responsabilidades políticas defendemos que elas devem ser avaliadas. Mas é uma precipitação que naturalmente não tem nada de bom”, disse, defendendo que a “investigação deve ser levada até ao fim”.
"Deve haver primeiro uma investigação profunda, deve ser esclarecido esse acontecimento grave e depois tirar naturalmente as ilações políticas, não só as militares mas também as políticas que correspondam a esse final da investigação", acrescentou.
A opinião é semelhante quanto à responsabilidade da ministra da Administração Interna nos fogos de Pedrógão Grande.
“Pedir a demissão de uma ministra pode confortar muitas almas mas não resolve o problema de fundo, que é o estado da nossa floresta”, disse hoje em declarações aos órgãos de comunicação social, em Nogueira da Regedoura à margem de uma homenagem a Ferreira Soares, médico assassinado pelo Estado Novo
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