Marcelo espera agora que "Governo esteja à altura desta confiança"

O Presidente da República considerou que, ao rejeitar a moção de censura do CDS, o Parlamento "reafirmou a confiança no Governo", que agora "tem de estar à altura" desta confiança nas medidas a implementar sobre florestas e incêndios.

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Notícias Ao Minuto com Lusa
24/10/2017 21:28 ‧ 24/10/2017 por Notícias Ao Minuto com Lusa

Política

Moção

Em declarações aos jornalistas, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa comentou a votação da moção de censura que decorreu, esta terça-feira, na Assembleia da República e que contou com o chumbo de toda a Esquerda.

Para o Chefe de Estado, o Parlamento “votou, ao abrigo da Constituição da República Portuguesa, e reafirmou a confiança num tema tão específico e importante para os portugueses, na expectativa de que o Governo esteja à altura dessa exigência, dessa confiança parlamentar”, nomeadamente “que estabeleça políticas e as execute para que consiga ir de encontro daquilo que é uma prioridade nacional”.

Questionado sobre se, com a rejeição da moção de censura do CDS, se entra agora numa nova etapa na governação, Marcelo Rebelo de Sousa foi perentório ao concordar.

"Tornou-se mais claro que a floresta é e deve ser uma prioridade política nacional, que a atenção ao Portugal interior deve ser uma prioridade presente na vida política portuguesa e que há politicas a definir e a executar que não são só importantes para corresponder à confiança do Parlamento, mas são importantes para corresponder às expectativas - que são muito elevadas e legitimas - dos portugueses", concretizou.

Sobre o grau de crispação durante o debate no parlamento, o Presidente da República insistiu na necessidade que "haja uma convergência nacional, a começar desde logo no plano de emergência e de reconstrução das áreas destruídas e continuando depois na política para a floresta e na prevenção e no combate aos fogos".

"Há pontos de convergência essenciais sem os quais não chegamos lá porque se tratam de exigências de médio e longo prazo e os governos duram quatro anos. Não podemos esquecer que falamos de prioridades num futuro muito longo”, vincou, reforçando que "os governos não duram eternidades".

Recorde-se que há exatamente uma semana, numa mensagem aos portugueses no rescaldo do pior dia do ano em número de incêndios, o Presidente pediu o Parlamento para clarificar se queria ou não que este Governo continuasse em funções. Marcelo referia-se à votação da moção de censura que, no mesmo dia, a líder do CDS anunciou que ia apresentar contra o Executivo de António Costa.

Hoje, uma semana passada, a dita moção de censura foi votada pelos deputados e rejeitada, contando com 122 contra do PS, Bloco, PCP, 'Os Verdes' e PAN, e 105 a favor, provenientes das bancadas à Direita.

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