Facebook "dá uma voz às pessoas". Mesmo a quem nega o Holocausto

O CEO da tecnológica defendeu o direito de quem nega o Holocausto a expressar a sua opinião. Mesmo que a considera “profundamente ofensiva”.

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Miguel Patinha Dias
19/07/2018 08:21 ‧ 19/07/2018 por Miguel Patinha Dias

Tech

Zuckerberg

O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, deu uma entrevista ao site Recode sobre a forma como a rede social pretende gerir a disseminação de desinformação. O tema tem sido alvo de amplo debate nos últimos anos e, sem surpresa, o Facebook está novamente envolto em polémica devido às declarações do seu fundador.

Sob justificação que o Facebook serve para “dar uma voz às pessoas”, Zuckerberg defendeu o direito de todos os utilizadores expressarem a sua opinião. Mesmo de quem negue o Holocausto ou espalhe outro tipo de conspirações.

“Sou judeu e há um conjunto de pessoas que nega que o Holocausto tenha acontecido… Acho isso profundamente ofensivo. Mas no final não acredito que a nossa plataforma deva apagar [essa opinião] porque penso que há coisas em que diferentes pessoas vão errar. Não acho que estão a enganar-se intencionalmente”, declarou Zuckerberg.

O líder da rede social mais utilizada do momento apontou também que o objetivo do Facebook não é remover opiniões falsas, isto a não ser que coloque alguém em perigo. “É difícil impugnar e perceber uma intenção. Penso que, por muito repugnante que sejam alguns exemplos, penso que a realidade é que também erro quando falo publicamente”, reconheceu o CEO.

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