Com o Model S e o Model X no mercado pode ser difícil criar expetativas elevadas para o Model 3, o mais recente modelo elétrico da Tesla que surge com uma proposta bastante diferente. Ao contrário dos dois primeiros, que propõem oferecer uma experiência de luxo (e financeiramente ao alcance de apenas alguns), o Model 3 foi anunciado com o propósito de ‘aliciar’ mais pessoas para o mundo dos elétricos.
E então, será que a Tesla foi bem sucedida? Foi o que o Tech ao Minuto quis descobrir ao passar um dia ao volante do Model 3. Tendo já experimentado tanto o Model S e o Model X, ficámos agradados por constatar que o mais acessível Model 3 não faz cedências no que é mais importante: a experiência de condução.
A suavidade e agressividade presente nos carros elétricos da Tesla continuam a ser a alma e o coração do Model 3. Ao ativar a opção ‘Chill’ é possível ‘deslizar’ pela estrada como se fosse seda, enquanto o modo ‘Sport’ é ideal para deixar qualquer um colado ao assento. No Model 3 também está disponível o badalado Autopilot, que continua a revelar-se tão capaz como nos ‘irmãos’ mais velhos e manter o carro na via de circulação e ajustar a velocidade ao trânsito.
Para um modelo financeiramente mais acessível, é com alguma surpresa que constatamos uma experiência agradavelmente familiar. As grandes diferenças estão mesmo no interior, com um ‘tablier’ positivamente mais despido e elegante.
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Se o Model S e o Model X já tinham ‘tabliers’ com disposições simples e intuitivas, o minimalismo foi decididamente elevado a outros patamares com o Model 3. Em vez do ecrã orientado no sentido vertical, a Tesla optou por um sentido horizontal, o que facilita não só o acesso às funções exibidas no ecrã como também a manter os olhos na estrada.
Mais ainda, esta mudança permitiu à Tesla retirar o mostrador diante do volante e integrá-lo em definitivo do lado esquerdo do ecrã. Confessamos que de início foi difícil habituarmo-nos a olhar para o lado direito para verificarmos a velocidade de circulação mas rapidamente assumimos a proposta da Tesla como uma mudança sem qualquer impacto no ato de condução.
Há espaço ainda para falar do design, sobretudo do teto panorâmico do carro que percorre praticamente todo o comprimento do Model 3 com apenas algumas ‘interrupções’. Ao conduzir lembra automaticamente o vidro frontal do Model X (que vai desde a zona do volante até praticamente meio do carro) e fica claro que é um dos pontos mais positivos do interior do Model 3.
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Passar apenas um dia ao volante do Tesla Model 3 é suficiente para tirar pequenas impressões do que o carro oferece. Por exemplo, com a capacidade de com uma única carga percorrer até 500km fica difícil ter uma ideia da autonomia do Model 3. Prometemos elaborar um pouco mais sobre este departamento assim que consigamos um pouco mais de tempo a sós com o Model 3.
Como apontamos no início deste texto, era difícil impressionar com o Model 3 quando o ‘teto’ já estava tão alto com o Model S e o Model X. Porém, as primeiras impressões com que ficámos foi que o Model 3 pode ser visto como um ‘best of’ dos outros dois modelos, encontrando as suas melhores qualidades e a ‘essência’ do ideal de condução da Tesla num único carro.
Podem ser apenas as primeiras impressões mas, se este é o futuro proposto pela Tesla para o futuro dos carros elétricos, estamos confiantes em dizer que podemos assinar por baixo.
[O Tesla Model 3 já está disponível no mercado português em duas versões: a Long Range a partir de 56.900 euros e a Performance a partir de 68.000 euros]