'Cadence of Hyrule' vai metê-lo a bater o pé ao ritmo de 'Zelda'

Com décadas de existência e milhões de fãs espalhados por todo o mundo, a série ‘The Legend of Zelda’ é uma da séries mais icónicas não só do extenso portefólio da Nintendo como também da indústria dos videojogos. O reino de Hyrule já foi múltiplas vezes salvo pelos jogadores e a princesa Zelda resgatada dos mais variados males mas, provando que há sempre espaço para adaptar e inovar, a Nintendo uniu-se à Brace Yourself Games para um título a não perder.

O jogo chama-se ‘Cadence of Hyrule: Crypt of the NecroDancer featuring The Legend of Zelda’ ou (para sermos mais práticos) simplesmente ‘Cadence of Hyrule’ e apresenta uma mistura praticamente perfeita entre as maiores virtudes de ‘The Legend of Zelda’ e ‘Crypt of NecroDancer’. Este último ficou célebre pela banda sonora e pela jogabilidade de sessões curtas com elementos aleatórios. À partida, ‘Crypt of the NecroDancer’ não teria nada em comum com um jogo com a escala de ‘The Legend of Zelda’, não fosse claro pelo grande ponto que têm em comum: a banda sonora.

O Tech ao Minuto teve a oportunidade de jogar um pouco a ‘Cadence of Hyrule’ a convite da Nintendo e a opinião com que ficámos dificilmente podia ter sido melhor. A banda sonora de ‘The Legend of Zelda’ é possivelmente uma das mais reconhecíveis da Nintendo e é usada de forma magistral em ‘Cadence of Hyrule’, com o crédito a ir para o compositor Danny Baranowsky (‘Super Meat Boy’ e ‘The Binding of Isaac’) que foi responsável pelos ‘remixes’ de algumas das mais icónicas músicas da série da Nintendo.

Notícias ao Minuto © Brace Yourself Games / Nintendo

A banda sonora não é apenas um apontamento (de bom gosto) de ‘Cadence of Hyrule’ uma vez que está intrinsecamente ligada à jogabilidade. O ritmo da música é essencial e dita tudo o que o jogador e os inimigos fazem. Desde andar, atacar, defender, usar magia ou até aguardar, tudo é ditado pelo ritmo da música. Falhe o ritmo e terá dificuldades em fazer frente aos diferentes tipos de inimigos que terá pela frente.

O jogo permite respirar um pouco em modo de exploração mas, quando entra num ecrã com inimigos, ‘Cadence of Hyrule’ torna-se uma espécie de ‘jogo de xadrez com esteroides’ que dificilmente vai conseguir largar. Da mesma forma que diferentes inimigos usam armas distintas, o jogador poderá usar facas, espadas e lanças. Enquanto uma faca permite atacar apenas o quadrado seguinte, uma espada ou uma lança conseguirão ajudá-lo a manter a distância.

Mas convém que não se apegue a uma arma específica, uma vez que sempre que morrer voltará à estaca zero e contará novamente com uma simples faca como arma. Itens como bombas ou arco e flecha são conquistas preciosas mas fugazes, perdendo-se rapidamente caso não as use à altura das suas capacidades. Felizmente os pontos em que pode ressuscitar estão generosamente espalhados pelo cenário, pelo que não perderá muito progresso.

Fiel aos antigos jogos da série ‘The Legend of Zelda’, o grafismo assume um estilo 2D com ‘sprites bem detalhadas que vão fazer com que os veteranos da série se sintam em casa. A exploração assente em diferentes painéis ajuda não só ao estilo artístico como também à jogabilidade, uma vez que assim que todos os inimigos sejam eliminados poderá explorar cada painel à sua vontade.

‘Cadence of Hyrule’ é um jogo que facilmente poderia cair na repetição ou então alienar tanto os fãs de ‘The Legend of Zelda’ como de ‘Crypt of the NecroDancer’ mas acaba por uni-los numa celebração das suas séries. A música é o grande impulsionador desta celebração que deve ser considerada por qualquer detentor de uma Nintendo Switch.