O diretor do programa de pós-graduação em cibersegurança na Universidade de Maryland, nos EUA, vai juntar-se a António Costa, do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), Carlos Ribeiro, do INESC INOV Lab, Nelson Escravana, Bernardo Pacheco e Gonçalo Cadete, da área de cibersegurança do INOV, e Luís Antunes e Rolando Martins, ambos do Centro de Competências em Cibersegurança e Privacidade (C3P) da Universidade do Porto, em quatro sessões gratuitas agendadas de segunda a quinta-feira.
Em Lisboa, as sessões decorrem na segunda, terça e quarta-feira, das 14:30 às 17:30, respetivamente no INESC INOV, no Gabinete Nacional de Segurança e na PricewaterhouseCoopers (PwC).
Na quinta-feira, decorrem na Porto Business School, no Porto.
A iniciativa acontece no âmbito da implementação do projeto C-HUB - Pólo Europeu de Inovação Digital de Cibersegurança, que visa potenciar a transformação digital e a ciber-resiliência de pequenas e médias empresas (PME) e da Administração Pública.
"Somam-se as vítimas de ataques informáticos em Portugal. Há muito que este deixou de ser um problema apenas para as 'grandes empresas', pelo que, cada vez mais, é importante que as PME e entidades da Administração Pública estejam atentas aos processos de transformação digital e salvaguardem os seus dados com sistemas de proteção avançados", destaca o C3P num comunicado divulgado hoje.
Ciente da "vulnerabilidade da esmagadora maioria dos sistemas implementados", o C3P está a promover, em conjunto com o CNCS e no quadro do C-HUB, sessões gratuitas que trabalham a consciencialização dos riscos e identificam os produtos e serviços disponíveis no mercado para os mitigar.
Segundo o C3P, o objetivo é "criar sinergias, potenciar a aceleração e transformação digital das PME e da Administração Pública e, simultaneamente, promover a sua ciber-resiliência".
"Há um risco muito elevado junto destas entidades, sobretudo as que têm uma base de dados antiga, elaborada numa altura em que nem sequer se falava em cibersegurança. Naturalmente, não foram acautelados mecanismos de defesa que atualmente são cruciais para preservamos dados e informação confidenciais", alerta.
O programa de cada uma das sessões inclui a apresentação geral do C-Hub, uma avaliação da maturidade digital ('Digital Maturity Assessment' da União Europeia) das entidades participantes e um serviço de consultoria especializada em análise de privacidade e segurança de informação.
O C-HUB é um Polo Europeu de Inovação Digital de Cibersegurança, reconhecido pelo Gabinete do ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital em 25 de junho de 2021 e com o selo de excelência atribuído pela Comissão Europeia em 16 de junho de 2022.
Resulta de um consórcio composto por sete entidades: CNCS, C3P, Agência para a Modernização Administrativa (AMA), Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores Inovação (INOV) representando o INESC Lisboa, Polo das Tecnologias de Informação, Comunicação e Electrónica (TICE.PT), PwC e StartUp Leiria.
De âmbito nacional e transversal a vários setores, o C-HUB tem como missão "responder às necessidades, no apoio às PME e à Administração Pública, em matéria de cibersegurança nos seus processos de transformação digital".
"A multidisciplinaridade dos seus membros e da sua rede permite procurar respostas para as necessidades locais, regionais e nacionais, ou mesmo internacionais, e cruzando os vários setores da economia e da sociedade", destaca.
Leia Também: Lei da Cibersegurança prevê coimas até 10 milhões para incumprimentos