O surto de Covid-19 fez com que a Europa entra-se em estado de alerta e fosse obrigada a avaliar novos meios e medidas para combater o avanço da doença. A ‘luta’ não tem sido fácil e levou até aos governos de países europeus como a Itália e a Espanha (entre os mais afetados) a decidirem usar dados de localização da população.
Como conta o La Vanguardia, a China e a Coreia do Sul combateram a disseminação da Covid-19 com uso de apps capazes de vigiar a movimentação dos doentes ou pessoas que estiveram em contacto com eles. Ainda que o regime autoritário chinês tenha uma facilidade (muito) maior para empregar este tipo de atuação, a democracia na Coreia do Sul torna o país um caso que merece um olhar mais atento.
Os testes feitos em massa da Coreia do Sul ajudaram certamente a identificar os maiores focos de contágio e a manter o número de infetados mais baixo - até à data menos de 9 mil, contra os mais de 47 mil de Itália e 20 mil de Espanha. O exemplo começou a ser seguido em Itália através de uma aplicação que, de forma anónima, segue os movimentos da população.
Uma app semelhante também chegou recentemente a Madrid, Espanha, e tem como objetivo aceder à localização (com as devidas autorizações) e oferecer conselhos e medidas preventivas combater o avanço da doença. É possível que a app chegue em breve a todo o território espanhol mas, de momento, os especialistas ainda estão a avaliar a possibilidade.
Ainda que o uso de dados privados como localização seja algo mal visto pelos internautas, os governos estão a avaliar a hipótese de usar Big Data (análise de dados massivos e anónimos) com a ajuda de gigantes tecnológicas para conseguir lidar com a crise.
[Notícia atualizada]