Na quinta-feira, num comunicado, o Conselho de Audiovisual da Catalunha pediu a retirada de 16 vídeos que "apresentavam supostos investigadores que alegavam ter um remédio para a doença (covid-19) e a que atribuíam a falta de reconhecimento pelas autoridades de saúde aos interesses da indústria farmacêutica, já que o remédio seria mais barato".
O YouTube já retirou 14 vídeos, estando ainda ativos dois dos 16 denunciados, que geraram 343.223 visualizações, alegando que violavam "diretrizes da comunidade".
Os supostos remédios patrocinados incluíam uma solução de cloreto de sódio ou de dióxido de cloro, por exemplo.
O presidente do Conselho Audiovisual da Catalunha, Roger Loppacher, manifestou hoje o seu contentamento com a decisão de retirada dos vídeos, por parte do YouTube, dizendo que esses conteúdos foram "claramente prejudiciais" para a saúde pública.
Loppacher disse ainda esperar que os dois que ainda estão visíveis sejam "retirados imediatamente", acrescentando que o Conselho Audiovisual continuará a "monitorizar as diferentes plataformas para detetar desinformação ou conteúdos prejudiciais".
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais 480 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 22.000. Espanha é dos países mais afetados, depois da China e de Itália.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.