Covid reduz ritmo de Google e Facebook e aumenta lucro de Apple e Amazon

As grandes empresas do setor da tecnologia, as designadas GAFA (Google, Amazon, Facebook e Apple) divulgaram na quinta-feira resultados trimestrais que evidenciam efeitos diferentes da pandemia, um dia depois de os dirigentes terem sido ouvidos e criticados no Congresso.

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Lusa
31/07/2020 06:30 ‧ 31/07/2020 por Lusa

Tech

Covid 19

A Google e a Facebook reportaram uma diminuição do seu ritmo de crescimento, devido ao arrefecimento das vendas de publicidade e suporte digital, ao passo que a Apple e a Amazon tiveram um aumento de receitas e lucros.

As cotações das GAFA estavam a subir nas transações designadas 'after-hours', por ocorrerem depois do encerramento do mercado, o que reflete desempenhos acima das expectativas dos analistas.

A Alphabet, que é a 'holding' da Google, informou a sua primeira queda homóloga em resultados trimestrais. Apesar de ter sido um declínio de apenas 2%, foi um sinal relevante de uma quebra no mercado publicitário digital e uma recordação de que as dificuldades atuais da economia são maiores do que as de há uma década, na designada Grande Recessão.

Os lucros da Alphabet no segundo trimestre caíram 30% para cerca de sete mil milhões de dólares (5,9 mil milhões de euros).

A Facebook, que também faz o grosso da faturação com a publicidade digital, apresentou um aumento de 11% homólogos, no que é a mais baixa taxa de crescimento das receitas desde que está cotada em bolsa há oito anos.

Mas o lucro praticamente duplicou em termos homólogos para 5,2 mil milhões de dólares.

O número médio de utilizadores da Facebook, Instagram, Messenger ou WhatsApp -- todas marcas da Facebook --, pelo menos uma vez por mês, subiu 14,1%, para 3,1 mil milhões, cerca de 40% da população mundial. E 2,5 mil milhões usam pelo menos uma daquelas redes todos os dias.

Já a Apple surpreendeu com resultados fortes, graças a crescentes vendas e lucros, desafiando as expectativas reduzidas dos analistas. A faturação do fabricante do iPhone subiu 11% para 60 mil milhões de dólares e o lucro 12% para 11,3 mil milhões.

Por seu lado, a Amazon beneficiou com o aumento das compras em linha, que fizeram disparar a sua faturação e o seu lucro para níveis recorde, apesar do aumento dos custos. A faturação aumentou 40%, para 88,9 mil milhões de dólares, e o lucro duplicou para 5,2 mil milhões.

 

 

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