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Youtube remove vídeo do Governo brasileiro sobre o uso de máscaras

O Youtube removeu hoje da sua plataforma um vídeo da Fundação Alexandre de Gusmão, órgão ligado ao Ministério de Relações Exteriores do Brasil, que defendia que o uso da máscara para prevenir a covid-19 é inócuo e nocivo à saúde.

Youtube remove vídeo do Governo brasileiro sobre o uso de máscaras
Notícias ao Minuto

19:41 - 14/10/20 por Lusa

Tech Covid-19

Em comunicado, o Youtube afirmou que "tem políticas claras sobre o tipo de conteúdo que pode estar na plataforma e não permite vídeos que incentivam atividades que possam causar danos físicos graves ou morte" para justificar a retirada do vídeo, que contém informação falsa sobre o uso de máscaras na pandemia num debate chamado "A Conjuntura Internacional no Pós-Coronavírus", organizado pela Fundação Alexandre de Gusmão.

No evento, o palestrante Carlos Ferraz, identificado como professor de filosofia e que atualmente trabalha na Secretaria Nacional da Juventude do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, afirmava que "a máscara não só é inócua no combate à pandemia, mas ela é também nociva, causa problemas de saúde", sem apresentar provas para contrariar a Organização Mundial da Saúde (OMS) e grande parte dos especialistas que defendem o uso massivo da proteção na pandemia.

O Youtube, por sua vez, esclareceu que "se o proprietário de um canal achar que teve um conteúdo removido erroneamente pela plataforma, é possível contestar a decisão até 30 dias após a emissão do alerta ou aviso".

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de mortos (mais de 5,1 milhões de casos e 150.998 óbitos), depois dos Estados Unidos.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e oitenta e sete mil mortos e mais de 38,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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