A sonda, que tem acoplados um veículo e um robô que deverão aterrar em Marte, atingiu na quarta-feira a órbita do planeta, juntando-se às missões dos Estados Unidos e dos Emirados Árabes Unidos, que também estão em órbita.
Num clima de rivalidade tecnológica e diplomática com os Estados Unidos, a China montou um ambicioso programa espacial com o objetivo de criar uma estação espacial habitada na órbita terrestre até 2022 e enviar uma missão tripulada à Lua até 2030.
A Tianwen-1 foi lançada em julho passado, ao mesmo tempo que as sondas dos Estados Unidos e dos Emirados Árabes Unidos, aproveitando a maior proximidade orbital entre a Terra e Marte.
A sonda dos Emirados chamada Al-Amal (Esperança) chegou à órbita marciana na terça-feira, marcando a estreia da primeira missão interplanetária do mundo árabe.
Os responsáveis do programa espacial chinês querem fazer aterrar numa planície de Marte o veículo com 240 quilos para, durante três meses, analisar o solo e a atmosfera marcianas, recolher imagens, cartografar a superfície e procurar por vestígios de vida antiga.
Na primeira imagem a preto e branco que tirou ao planeta, surgem relevos como a cratera de Schiaparelli e os desfiladeiros de Valles Marineris.
A aterragem em Marte do robô móvel norte-americano, o Perseverance, está prevista para 18 de fevereiro.