Rússia ameaça bloquear Twitter caso não retire conteúdos proibidos

O regulador russo de telecomunicações, Roskomnadzor, ameaçou hoje bloquear a rede social Twitter na Rússia no prazo de um mês caso a empresa não adote medidas concretas para eliminar conteúdos proibidos no país.

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Lusa
16/03/2021 14:33 ‧ 16/03/2021 por Lusa

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O diretor-adjunto do organismo, Vadim Subbotin, assinalou à agência noticiosa TASS que o Roskomnadzor deu "um mês ao Twitter para observar como reage à sua ordem para eliminar publicações e vínculos proibidos pela legislação russa".

"Depois, tomaremos as decisões adequadas dependendo das medidas adotadas pela administração da rede social", assinalou.

"Caso não cumpra com os requisitos do Roskomnadzor, os requisitos da legislação russa, consideramos a opção de bloquear o serviço em território da Rússia", especificou.

Na passada quarta-feira o organismo regulador tinha já advertido sobre esta medida, mas optou primeiro por retardar a publicação de fotos e vídeos da rede social na Russa pelo "sistemático incumprimento" da legislação russa por parte do Twitter.

De acordo com o Roskomnadzor, o Twitter regista no dia de hoje 3.168 entradas com informação proibida, incluindo 2.569 com incitamento de menores ao suicídio, 450 cm pornografia infantil e 149 sobre consumo de drogas.

Na sua resposta à Rússia, o Twitter assegurou que "mantém o seu compromisso com a promoção de uma internet aberta em todo o planeta", e assegurou estar "profundamente preocupado com as crescentes tentativas de bloquear e limitar a conversação pública on-line".

A empresa norte-americana designou de "ampla e indiscriminada" a decisão do regulador russo e, de forma implícita, rejeitou a argumentação da Roskomnadzor, ao apontar que mantém uma política de "tolerância zero" face à exploração sexual de menores.

"Vai contra as regras do Twitter promover, enaltecer ou encorajar ao suicídio e às auto-lesões, e não permitimos o uso do Twitter para qualquer tipo de comportamento ilegal ou para contribuir a atividades como a compra e venda de drogas", reagiu a empresa sediada em São Francisco, Califórnia.

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