Startup brasileira forma jovens em tecnologia e quer mais lusófonos  

O projeto Reprograma Na Quebrada nasceu da vontade de oferecer formação tecnológica gratuita a jovens periféricos brasileiros, tendo já expandido para Portugal e São Tomé, e a 'startup' disse à Lusa que deseja expandir para mais lusófonos.

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Lusa
29/04/2025 14:24 ‧ há 4 horas por Lusa

Tech

Web Summit Rio

"Surgiu por causa de uma necessidade de um jovem periférico, numa região em São Paulo, onde ele queria aprender programação", resumiu assim à Lusa, Diogo Bezerra, à margem da terceira edição da Web Summit que decorre até quarta-feira na cidade brasileira do Rio de Janeiro.

 

"É gratuito porque nós queremos também fazer com que a tecnologia possa ser acessível", afirmou.

O cofundador da +1code disse que "pessoas pretas e pardas, infelizmente, têm menos oportunidades" e, ao aprenderam a trabalhar com tecnologia "permite ganhar um salário que o seu tataravô, mãe, avó, tio, nunca ganharam".

O projeto, que oferece cursos 'online' de tecnologia e programação, além de orientação profissional, é financiado por grandes empresas brasileiras e a sua expansão para Portugal e Cabo Verde surgiu na sequência de contactos que a 'startup' brasileira encetou durante a Web Summit de 2023 em Lisboa.

Já abriram uma filial na região da grande Lisboa e também em São Tomé, com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.

No país africano de língua portuguesa o objetivo agora é dotar 20 jovens adultos com conhecimentos de programação e tecnologia de forma a conseguirem vingar no mercado de trabalho.

Agora, na Web Summit Rio estão a lançar "uma inteligência artificial que ensina qualquer tecnologia", disse.

O objetivo passa por, uma vez mais, fazer chegar aos jovens periféricos uma ferramenta que os ajuda a ser autodidáticos e aprenderem a fazer um sítio na internet, programação, entre outros.

O Rio de Janeiro é, desde domingo e até quarta-feira, o centro mundial da inovação tecnológica, com 28 'startups' portuguesas entre as mais de mil na Web Summit Rio, que quer criar novas pontes num momento de mudança nas alianças comerciais.

O Riocentro, na Barra da Tijuca, recebe até quarta-feira mais de 34 mil participantes, 600 investidores de fundos globais e 300 palestrantes, de acordo com a organização.

A inteligência artificial, a sustentabilidade, a tecnologia financeira, a regulamentação das plataformas e a diversidade na tecnologia serão outros dos focos do evento que vai na terceira edição no Rio de Janeiro e que, segundo o Governo carioca, tem potencial para atrair mais de 800 mil pessoas e injetar na economia carioca cerca de 1,2 mil milhões de reais (cerca de 250 milhões de euros) até 2028.

Do lado português, estão presentes 28 'startups' com o foco em soluções de inteligência artificial, recursos humanos e desporto e 'fitness', apoiada pela Startup Portugal e pela Unicorn Factory Lisboa, das quais 11 participam na conferência no âmbito da iniciativa Business Abroad", indicou a organização, em comunicado.

O evento tecnológico, que nasceu em 2010 na Irlanda, passou a realizar-se na zona do Parque das Nações, em Lisboa, em 2016 e vai manter-se na capital portuguesa até 2028. A empresa registou também, além do Rio de Janeiro, uma expansão para o Médio Oriente, com a Web Summit Qatar, que se realizou no início de 2024.

Leia Também: Dos estreantes aos repetentes, portugueses entendem que no Brasil está o futuro

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