O comité moderador do Facebook (Oversight Board), um painel independente e internacional criado pela rede social, vai anunciar na quarta-feira se o ex-presidente norte-americano Donald J. Trump poderá ou não recuperar a sua conta nas suas plataformas, de onde foi banido por difundir desinformação entre os seus milhões de seguidores.
A decisão é bastante aguardada por poder passar a constituir um precedente na questão da gestão do discurso político pelas empresas privadas que gerem redes sociais, sobretudo se incluir desinformação por parte de líderes governamentais, conforme escreve o New York Times.
Mark Zuckerberg tinha começado por anunciar, em outubro de 2019, que o discurso político não seria sujeito a verificação, por entender que todas as ideias deveriam ter espaço na opinião pública, mesmo que fossem mentira.
No dia 7 de janeiro, um dia após a insurreição no Capitólio, mudou de ideias e a empresa acabou mesmo por bloquear Trump, alegando que as declarações do presidente, nos dias anteriores, incitaram à violência e ameaçaram uma transição pacífica de poder.
O motim no Capitólio, que resultou na morte de cinco pessoas, foi o culminar de meses de desinformação, tanto através do Twitter como do Facebook, rejeitando inclusive os resultados das eleições presidenciais, a 3 de novembro de 2020, que deram a vitória a Joe Biden.
Leia Também: Facebook começou a pressionar utilizadores de iPhone