O ministro da Justiça do Estado da Renânia do Norte-Vestefália, Peter Biesenbach, apresentou hoje os resultados de um ano de trabalho desta iniciativa, que contou com vários cientistas e com a empresa de tecnologia norte-americana Microsoft.
O grupo de trabalho responsável por este projeto conseguiu abrir cerca de 1.600 processos, contra mais de 1.800 pessoas, graças à utilização desta ferramenta.
O objetivo não é substituir a avaliação humana e legal em casos de pornografia infantil, mas sim filtrar rapidamente grandes quantidades de material suspeito, que pode ajudar na investigação de redes de pedofilia.
"Isto vai revolucionar o trabalho da acusação", disse Biesenbach, que descreveu a cooperação entre os seres humanos e a inteligência artificial na investigação de tais casos como "única a nível mundial".
De acordo com o ministro, é impossível filtrar o enorme fluxo de informação na área da pornografia infantil e do abuso de crianças sem a ajuda de inteligência artificial.
O sistema, que será gerido exclusivamente pelo Ministério Público alemão e utilizado apenas com uma autorização, recolherá as imagens "de forma abstrata e anónima", como é exigido por lei para assegurar a proteção de dados, explicou o diretor da unidade de crimes informáticos da Renânia do Norte-Vestefália, Markus Hartmann.
O projeto foi lançado após a disseminação, num curto espaço de tempo, de vários escândalos importantes sobre abusos massivos de crianças e o desmantelamento de várias redes de pornografia infantil na Alemanha.
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