A administração de Joe Biden está a aumentar a pressão sobre as grandes tecnológicas para que mantenham controlo sobre a desinformação nas suas plataformas, sobretudo numa altura em que o retorno à normalidade depende da vacinação contra o novo coronavírus, algo que nos Estados Unidos está a decorrer com alguma dificuldade.
A Casa Branca identificou especificamente 12 pessoas que denominou como "os doze da desinformação", indicando que foram responsáveis pela maior parte da desinformação sobre a Covid-19.
"Há cerca de 12 pessoas que estão a produzir 65% da desinformação antivacinas nas plataformas dos média sociais", afirmou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.
Este número é originário do Center for Countering Digital Hate (CCDH), uma organização sem fins lucrativos com enfoque no discurso de ódio online. Um relatório publicado em março identificou cerca de 12 pessoas como os grandes propagadores de desinformação antivacinação.
Na altura, o CCDH apelou ao Facebook e Twitter para que eliminassem as páginas destas pessoas, onde se inclui Robert F. Kennedy Jr., um proeminente ativista antivacinas. O filho do ex-senador Robert F. Kennedy e sobrinho do presidente John F. Kennedy foi banido do Instagram no início do ano por espalhar informação falsa, mas continua ativo no Facebook, onde tem mais de 300 mil seguidores.
Nesta senda, o presidente norte-americano, Joe Biden, acusou ontem as grandes operadoras de redes sociais de "matar pessoas". "Estão a matar pessoas. A única pandemia que temos está a afetar pessoas que não foram vacinadas. Estão a matar pessoas", afirmou Biden, citado pela agência de notícias France Presse (AFP), que explica que o presidente tinha sido questionado sobre grupos como o Facebook.
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