O mais recente relatório da IDC a respeito do mercado de smartphones da China no segundo trimestre indica que a Huawei deixou de estar entre as cinco marcas mais vendidas no território.
No primeiro lugar do 'ranking' encontramos a Vivo que, no segundo trimestre, conseguiu uma quota de mercado de 17,1%, o que corresponde a um crescimento de 23,6% face ao mesmo período do ano anterior. Em segundo encontramos a Oppo com uma ‘fatia’ 16% e um crescimento de 17,3%; em terceiro a Xiaomi com 10,4% de presença no mercado e crescimento de 47%; em quarto a Apple com 8,3% de quota de mercado e crescimento de 17%; e por último a Honor com 14,7% do mercado e uma queda de 46% face ao ano anterior.
Não deixa de ser interessante verificar que a Honor, empresa que no passado era uma subsidiária da Huawei, se encontra agora no ranking das marcas mais vendidas.
A analista da Canalys Amber Liu garantiu que as "marcas de 'smartphones' estão a competir ferozmente para explorar a queda da Huawei".
O novo campo de batalha será os telemóveis Android de última geração, e o terceiro trimestre de 2021 será uma "janela de oportunidade" para a competição entre as grandes marcas, já que, por enquanto, nenhuma conseguiu igualar a força das séries P e Mate, da Huawei, no país asiático.
Devido às sanções impostas por Washington, a Huawei perdeu o acesso às atualizações para o Android, sistema operativo do Google, que é dominante. A empresa perdeu também acesso a `chips` essenciais no fabrico de telemóveis.
A Huawei foi colocada numa "lista negra" de entidades do Departamento do Comércio dos Estados Unidos pela Administração do antigo presidente Donald Trump, impedindo o grupo de adquirir tecnologia norte-americana necessária para telemóveis e infraestruturas de telecomunicações.
Presente em 170 países e com 194 mil funcionários, a Huawei é hoje o primeiro caso de sucesso global da China, estando no centro da rivalidade sino-americana em torno do comércio e tecnologia.
A desconfiança sobre a empresa surgiu em parte do passado militar de Ren Zhengfei, filiado no Partido Comunista Chinês, o que serviu para alimentar as suspeitas de uma alegada influência do regime chinês no grupo.
[Notícia atualizada]
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