A decisão surgiu após um artigo difundido pela imprensa estatal designar os jogos virtuais como "ópio espiritual", o que resultou numa queda de 6,11% nas ações da empresa na Bolsa de Valores de Hong Kong.
A crítica foi publicada pelo Economic Information Daily, um jornal afiliado à agência noticiosa oficial Xinhua.
O artigo destacou o popular jogo Honor of Kings, da Tencent, como aquele em que os menores são mais viciados, e citou um estudante que afirmou que alguns jovens jogam até oito horas por dia.
O artigo, difundido na versão 'online' do jornal, foi removido horas depois.
"O 'ópio espiritual' cresceu e tornou-se uma indústria que vale centenas de milhares de milhões", disse o jornal, acrescentando que nenhuma indústria deveria desenvolver-se até ao ponto de "destruir uma geração".
A Tencent disse, em comunicado que limitaria ainda mais o tempo de jogo para menores, reduzindo de uma hora e meia para uma hora por dia, e de duas horas para três horas por dia durante os feriados.
Crianças com menos de 12 anos também estão proibidas de fazer compras no jogo, disse a empresa.
Não ficou claro se a Tencent emitiu as restrições à luz do artigo.
Nos últimos meses, Pequim instaurou processos contra diversas empresas do setor da internet, solicitadas a "retificar" práticas até então toleradas, e que abrangem questões como a segurança dos dados, comportamento monopolista e estabilidade financeira.
Novas diretrizes que visam limitar o lucrativo setor do ensino de preparação também enervaram os investidores.
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