O antigo responsável pela segurança do Facebook e agora professor de cibersegurança de Stanford, Alex Stamos, partilhou no Twitter uma série de publicações sobre a recente polémica em que a Apple se viu envolvida.
A empresa anunciou um sistema capaz de detetar imagens de abuso sexual infantil no iCloud, o que levou várias personalidades da indústria tecnológica a criticar a empresa por atentar contra a privacidade dos utilizadores dos seus produtos.
Apesar de perceber a validade das críticas, Stamos aponta também o perigo criado pelas novas tecnologias de comunicação.
“Estou contente por ver a Apple a finalmente aceitar alguma responsabilidade pelo impacto da sua plataforma gigante de comunicação e frustrado pela forma como o fizeram. Conseguiram andar para a frente tecnicamente enquanto danificaram o esforço geral de encontrar equilíbrio”, escreve Stamos.
Grande parte das críticas a este sistema a ser desenvolvido pela Apple deve-se à possibilidade de criar uma ‘porta de traseiras’ na segurança da empresa. Em teoria, significa que um governo autoritário poderia pedir à Apple informação de dissidentes políticos ou minorias perseguidas.
Stamos não parece chegar a uma conclusão sobre o tema e nota que “não há respostas fáceis” e reitera que “não há problema em ter opiniões com nuances” neste assunto.
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In my opinion, there are no easy answers here. I find myself constantly torn between wanting everybody to have access to cryptographic privacy and the reality of the scale and depth of harm that has been enabled by modern comms technologies.
— Alex Stamos (@alexstamos) August 7, 2021
Nuanced opinions are ok on this.