Apple baniu gravação de quatro números nos seus produtos na China
Relatório da CitizenLab indica que a empresa tecnológica vai “além das suas obrigações legais” de forma a manter boas relações com o governo chinês.
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Tech Apple
A Apple já tem como prática impedir que os seus clientes gravem insultos racistas e outras vulgaridades nos seus produtos mas, de acordo com a CitizenLab, a empresa vai um pouco mais além na China, Hong-Kong e Taiwan.
O relatório desta organização sediada em Bruxelas, Bélgica, indica que a Apple vai além das suas obrigações legais nestes territórios, censurando 1.045 palavras na China, 542 em Hong-Kong e 397 em Taiwan. Logo a seguir estão o Canadá com apenas 206 palavras banidas, o Japão com 192 e os EUA com 170.
Além disso, os clientes da Apple que desejem gravar os números 8964 estão impedidos de o fazer, uma combinação de números que é considerada uma referência aos protestos na praça Tiananmen, que tiveram lugar no dia 4 de junho de 1989.
“Descobrimos que parte da censura da Apple existente na China abrange tanto Hong-Kong como Taiwan”, notam os autores do relatório. “Muita desta censura vai além das obrigações legais da Apple e não estamos ao corrente de qualquer justificação legal para a censura política de conteúdo em Taiwan”.
Como nota o The Verge, o CitizenLab acredita que esta prática da Apple se deve à intenção de manter boas relações com a China, território que diz respeito a quase um quinto da sua receita total.
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