A Apple está contra a proposta da União Europeia (UE) de introduzir um carregador universal, assente no tipo USB-C e apto para todos equipamentos eletrónicos, incluindo smartphones, tablets, câmaras e outros dispositivos.
Após 12 anos de compromissos voluntários do setor tecnológico, que permitiram uma redução para três modelos, a UE propôs na quinta-feira tornar as portas USB-C nas "entradas padrão".
Mas a sugestão não está a agradar à Apple, que tem a sua própria entrada 'lightning' no iPhone.
Embora as novas regras ainda estejam a anos de ser implementadas, elas podem obrigar a empresa norte-americana a fazer alterações aos seus aparelhos.
Em comunicado, citado pela CNN, a Apple defende que a proposta "sufoca a inovação, em vez de incentivá-la", o que, na ótica da empresa, vai "prejudicar os consumidores na Europa e em todo o mundo".
Além disso, a gigante tecnológica diz estar "preocupada" com o período de dois anos para esta transição que a Comissão impôs.
Em causa está uma revisão da diretiva comunitária RED (Radio Equipment Directive), que tem por objetivo assegurar que os equipamentos eletrónicos que utilizam radiofrequências no mercado europeu cumprem requisitos de proteção da saúde e de segurança.
Bruxelas defende, então, uma harmonização dos carregadores na UE, tornando-se o USB-C a porta padrão para todos os 'smartphones', 'tablets', câmaras fotográficas, auscultadores, altifalantes portáteis e consolas de videojogos portáteis.
A ideia de introdução de carregador comum para reduzir a produção de resíduos eletrónicos já foi por diversas vezes defendida na UE, nomeadamente pelo Parlamento Europeu, mas tem merecido a oposição de empresas tecnológicas como a Apple, que têm os seus próprios equipamentos.
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