Tal como tem vindo a habituar, a Web Summit conta com conferências com participação de algumas das maiores tecnológicas do mundo. O Facebook - agora conhecido como Meta - é uma das gigantes tecnológicas presente na edição do evento de 2021, fazendo-se representar pelo CPO da empresa, Chris Cox.
Cox teve direito uma conferência dedicada a explicar o metaverso, a mais recente ambição da empresa liderada por Mark Zuckerberg e que tem sido tão comentada ao longo dos últimos dias. Na verdade, o metaverso chegou a ser uma questão abordada pela ex-trabalhadora e ‘whistleblower’ Frances Haugen, durante a cerimónia de abertura da Web Summit na segunda-feira, dia 1.
Cox participou na Web Summit por via de uma videochamada, onde respondeu a algumas questões sobre a nova ambição da Meta. Mas afinal, o que é o metaverso?
“É algo de que temos vindo a falar desde os anos 1990”, contou Cox. “Hoje em dia a Internet é mais ‘plana’, mas a experiência tem-se tornado mais imersiva e penso que, daqui para a frente, nos vamos habituar a falar com as pessoas frente a frente e não através de caixas”.
Cox notou que a forma como o Facebook tem demonstrado a tecnologia, por via de avatares mais cartoonescos, é uma parte necessária da evolução deste novo meio. “Temos de nos lembrar que a tecnologia começa em baixa resolução”, notou o executivo, indicando que a evolução levará a apresentar avatares mais detalhados.
“As pessoas estão cansadas de videochamadas. É melhor do que não estarmos juntos, mas não é como vamos interagir no futuro”, adiantou Cox.
O CPO da Meta aproveitou para realçar que o metaverso será seguro e merecedor da confiança dos utilizadores. “Não seremos os únicos a desenvolver o metaverso, será algo que terá regulamentos e protocolos”, apontou.
Sobre Mark Zuckerberg, Cox contou que o líder da empresa é um “construtor” e que tem a “coragem e perseverança” para seguir em frente e ter uma visão para o futuro mesmo nos momentos mais difíceis.
No meio da tempestade
Quanto às denúncias da ex-trabalhadora e ‘whistleblower’ Frances Haugen, Cox admitiu que “tem sido um período difícil para a empresa” e adianta que “é bom que estejamos a ter esta conversa, para nós, para académicos e para a sociedade”.
O executivo também realçou os esforços que a empresa está focada em proteger os utilizadores tanto quanto possível, notando que tem trabalhadores e tecnologia à sua disposição para corrigir os problemas de moderação da rede social.
“Não somos perfeitos, sabemos que temos erros para corrigir”, admitiu Chrix Cox.
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