Web Summit chegou ao fim com conferência do 'pai' da World Wide Web

Sir Tim Berners-Lee marcou presença no evento na qualidade de cofundador e CTO da Inrupt, responsável pela criação da plataforma 'open souce' Solid.

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© Oliver Berg/picture alliance via Getty Images

Miguel Patinha Dias
04/11/2021 16:29 ‧ 04/11/2021 por Miguel Patinha Dias

Tech

Web Summit

Chegou ao fim mais uma edição da Web Summit e, para terminar o evento, a organização marcou uma conferência com aquele que é considerado o ‘pai’ da Internet: Sir Tim Berners-Lee.

O cofundador e CTO da Inrupt esteve no palco principal da Web Summit acompanhado do cofundador e CEO da mesma empresa John Bruce, numa conferência que teve como objetivo mobilizar os líderes mundiais para ajudar a criar o que acreditam ser a próxima era de prosperidade na Internet.

Esta empresa de Berners-Lee é responsável pela criação da plataforma ‘open source’ Solid, criada especialmente para lidar com dados de uma forma aberta e transparente. Na verdade, Berners-Lee admitiu que se pudesse voltar atrás - a 1989 quando criou a World Wide Web - aproveitaria para corrigir alguns problemas em que não pensou na altura.

Berners-Lee notou que, apesar de a web ter sido criada a pensar em colaboração de pessoas à distância, não implementou as funcionalidades necessárias para lidar com a segurança de dados. Da mesma forma, o foco em comunicação não levou em conta a disseminação de discurso de ódio e de desinformação.

Felizmente, Berners-Lee acredita que estes problemas podem ser corrigidos e, para tal, foi criado o protocolo Solid que reconfigura a forma como os dados são partilhados, que envolve os dados na sua própria ‘cápsula’. O objetivo desta ‘cápsula’ é dar aos utilizadores controlo completo em relação aos seus dados, incluindo mantê-los fora do alcance de outras pessoas ou até partilhá-los com amigos e familiares.

"Se usas a Internet, então podes usar o Solid", afirmou Berners-Lee.

Sobre o lançamento desta tecnologia para as massas, John Bruce garantiu que é possível disponibilizá-la para milhões de pessoas - ainda que a velocidades diferentes para empresas e pessoas.

“O nosso objetivo é chegar a um ponto em que o cidadão e o consumidor sejam a mesma pessoa”, adiantou Bruce, apontando que o objetivo é que os serviços governamentais funcionem com este protocolo e que mesmo os dados mais sensíveis dos cidadãos sejam mantidos nestas cápsulas.

[Notícia em atualização]

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