Facebook remove anúncios de saúde, raça, sexo, religião e política
A Meta, nova designação da 'holding' que controla a empresa de redes sociais Facebook, anunciou que vai remover publicidade sensível relacionada com saúde, raça ou etnia e orientações políticas, religiosas ou sexuais.
© Reuters
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Agora, os anunciantes podem dirigir-se a pessoas que tenham expressado interesse em assuntos e figuras públicas ou organizações relacionadas com esses temas.
Esta informação é obtida através do seguimento da atividade do utilizador no Facebook, Instagram e outras plataformas que a empresa possui.
Por exemplo, quem tenha expressado interesse pelo tema 'casamento entre pessoas do mesmo sexo' pode visualizar um anúncio de uma organização sem fins lucrativos que apoie o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Mas a classificação pode ser mal utilizada e a Meta, designada antigamente por Facebook, tem estado sob intenso escrutínio dos reguladores e do público, para limpar a sua plataforma de abusos e manipulação de informação.
A Meta Platforms Inc. avançou, em texto divulgado no seu blogue, na terça-feira, que a decisão "não foi fácil" e admitiu que "esta mudança pode ter um impacto negativo em algumas empresas e organizações".
O vice-presidente da Meta para marketing e publicidade, Graham Mudd, escreveu que alguns parceiros da empresa tinham "expressado preocupações sobre o fim das opções, devido à sua capacidade de gerar mudança social positiva, mas outros compreenderam a decisão de as retirar".
No seu texto, acrescentou ainda que, "como muitas das decisões (tomadas na Facebook), esta não foi uma escolha simples e obrigou a uma ponderação de interesses divergentes, onde houve argumentos para ambas as direções".
A empresa, baseada em Menlo Park, no Estado da Califórnia, teve uma receita de 86 mil milhões de dólares em 2020, devido em grande parte às suas opções de publicidade dirigida.
Em 2019, a Facebook anunciou que iria alterar o seu sistema de publicidade dirigida para prevenir discriminação no acesso à habitação, ao crédito e ao emprego, como parte da resolução de um processo judicial mais vasto.
Na ocasião, organizações não-governamentais, como a União Americana para as Liberdades Civis (ACLU, na sigla em Inglês) foram autorizadas a testar o seu sistema, para procurar detetar eventuais discriminações.
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