Capitólio: Comissão do Congresso convoca redes sociais para inquérito

A comissão do Congresso que investiga o ataque ao Capitólio anunciou hoje que convocará responsáveis de quatro redes sociais para testemunhar no processo.

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Lusa
13/01/2022 22:58 ‧ 13/01/2022 por Lusa

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Testemunhas

 

Os congressistas emitiram intimações à Alphabet, empresa detentora do Youtube, Meta (anteriormente Facebook), Reddit e Twitter, depois de terem acusados as redes sociais de não terem dado uma resposta adequada durante o ataque ao Capitólio por apoiantes do ex-Presidente Donald Trump, em 06 de janeiro de 2021.

O presidente da comissão, o democrata Bennie Thompson, exigiu hoje os registos das empresas sobre o seu papel em alegadamente espalhar desinformação sobre a eleição presidencial de 2020 e de promover o extremismo violento nas suas plataformas, dias antes da invasão do Capitólio.

"Duas questões-chave para a comissão são como é que a disseminação de desinformação e de extremismo violento contribuíram para o ataque violento contra a nossa democracia; e quais as medidas, se as houve, que as empresas de redes sociais tomaram para evitar que as suas plataformas sejam terreno fértil para radicalizar as pessoas, levando-as à violência", disse Thompson.

O presidente da comissão de inquérito acrescentou que é "dececionante que, após meses de envolvimento", as empresas não tenham entregado voluntariamente as informações e documentos necessários que ajudariam os congressistas a responder às perguntas no centro de sua investigação.

Thompson descreveu a forma como as empresas de redes sociais foram cúmplices na insurreição mortal realizada por apoiantes de Trump e de grupos de extrema-direita.

O YouTube, propriedade da Alphabet, foi a plataforma onde fluiu uma quantidade significativa de conteúdos "relevantes para o planeamento e execução" do cerco contra o Capitólio, "incluindo transmissões ao vivo do ataque, enquanto ele decorria", pode ler-se na carta de intimação escrita pela comissão de inquérito.

A comissão alega que a Meta, anteriormente conhecida como Facebook, teria sido usada para trocar mensagens de ódio, violentas e incitadoras entre os utilizadores da rede social, além de espalhar desinformação sobre as eleições presidenciais de 2020, lançando dúvidas sobre a sua legalidade e transparência.

A comissão alega que, na rede social Reddit, algumas comunidades de apoio a Trump cresceram significativamente, permitindo discussões sobre o planeamento do ataque ao Capitólio.

A carta de intimação descreve ainda a forma como o Twitter foi alertado para o potencial de violência que estava a ser planeada na sua plataforma antes do ataque e para a forma como os seus utilizadores se envolveram em "comunicações que amplificaram alegações de fraude eleitoral.

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