O Fórum Económico Mundial (WEF na sigla em inglês) divulgou estes dados na terça-feira e alertou para um aumento do cibercrime em todo o mundo, noticia a agência EFE.
Os ataques com programas de 'ransomware' (ataque informáticos com pedido de resgate) aumentaram 151% no período em análise, aponta o relatório sobre segurança cibernética do WEF, apesar de um outro estudo da mesma organização, divulgado na semana passada, ter apontado que o aumento anual deste tipo de crime é superior a 400%.
Este tipo de crime é também muito prejudicial para a imagem pública de grandes empresas de tecnologia, que em média perderam 3% do valor das suas ações como resultado dos ataques, sustenta ainda o relatório.
Para 80% dos líderes do setor tecnológico inquiridos, o 'ransomware' tornou-se uma ameaça real à segurança pública.
O relatório aponta também alguma falta de prontidão das empresas contra ciberataques, realçando que estas levam em média 280 dias para identificar, conter totalmente e responder ao ataque.
Em Portugal, a média semanal de ciberataques a organizações aumentou, no ano passado, 81%, face a 2020, com uma organização a ser atacada 881 vezes por semana, destacando-se a educação e saúde, segundo dados do Check Point.
"Em 2021, o pico registou-se em dezembro, muito devido à vulnerabilidade no Log4J. Em Portugal, uma organização foi atacada, em média, 881 vezes por semana, um aumento de 81% face a 2020", indicou, em comunicado divulgado em 10 de janeiro, a Check Point Research (CPR), área de 'threat intelligence' da Check Point Software Technologies, fornecedor de soluções de cibersegurança.
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