Agência Espacial Europeia suspende cooperação em missões lunares russas

A Agência Espacial Europeia (ESA) decidiu hoje suspender a sua cooperação nas missões lunares russas na sequência da guerra na Ucrânia.

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Lusa
13/04/2022 18:21 ‧ 13/04/2022 por Lusa

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A decisão, anunciada em comunicado, foi tomada no Conselho da ESA.

"A agressão russa contra a Ucrânia e as sanções postas em prática representam uma mudança fundamental de circunstâncias e impossibilitam a ESA de executar a cooperação lunar planeada", justifica o comunicado.

A Rússia pretende enviar dois robôs para explorar a superfície da Lua, em particular o polo Sul, onde há gelo nas suas crateras, e um satélite para cartografar esta região.

O envolvimento da ESA incluía instrumentos que a agência irá agora testar com recurso a outras parcerias, nomeadamente com as congéneres norte-americana NASA e japonesa JAXA.

A ESA pediu à agência espacial russa (Roscosmos) para que devolva os instrumentos já fornecidos.

Após o anúncio da Agência Espacial Europeia, a Rússia comunicou que a suspensão da cooperação lunar com os europeus não afetará o lançamento das missões.

A primeira delas, que consiste no envio de um robô, está agendada para julho depois de um adiamento feito no ano passado.

Em março, a ESA suspendeu a cooperação com a Roscosmos numa missão robótica a Marte, a ExoMars, que tinha lançamento previsto para setembro após vários atrasos.

Agora, o envio do robô europeu para Marte fica adiado para pelo menos 2026.

A ESA tem 22 Estados-membros, incluindo Portugal, que aderiu à agência em 2000.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A guerra causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais mais de 4,6 milhões para os países vizinhos.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Russa diz ao marido que pode violar mulheres ucranianas: "Usa proteção"

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