A aquisição, que já teve 'luz verde' do Conselho de Administração da rede social, "ameaça o pluralismo e a liberdade de imprensa e cria um terreno favorável à desinformação", afirma a federação, que representa 600.000 jornalistas de 187 sindicatos e associações em 146 países.
Elon Musk, líder do construtor de veículos elétricos Tesla e do grupo aerospacial SpaceX, "é conhecido por desde há muito criticar as políticas de moderação de conteúdos do Twitter e pediu regularmente que a rede social fosse menos regulamentada", indicou em comunicado a federação, com sede em Bruxelas.
A compra do Twitter, que tem mais de 400 milhões de utilizadores em todo o mundo, "significa que passará a ser detido por uma única pessoa em vez de ter vários acionistas", afirmou a FIJ, manifestando preocupação com esta concentração de poder.
A FIJ também teme que uma menor moderação de conteúdos possa "aumentar a desinformação e ameaçar o jornalismo de qualidade".
"Estamos preocupados com o facto de os planos de Elon Musk para o Twitter irem na direção errada, exacerbando as possibilidades de atacar os jornalistas e ameaçar o anonimato dos utilizadores", apontou o secretário-geral da FIJ, Anthony Bellanger, citado no comunicado.
O Twitter anunciou na segunda-feira que aceitou a proposta de compra do empresário Elon Musk no valor de 44 mil milhões de dólares, cerca de 41 mil milhões de euros.
Elon Musk, o homem mais rico do mundo, ofereceu inicialmente 43 mil milhões de dólares pela empresa, dizendo depois que tinha assegurado um financiamento de 46,5 mil milhões de dólares para a aquisição.
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